Juntando-se a outros conterrâneos, a atriz e cantora paraibana Mayana Neiva participa hoje, às 10h, da 27a edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, autografando a nova edição de seu livro infantojuvenil Sofia, editado pela Lunik Educacional — com direito a sessão de autógrafos e contação de história, além da realização de um pocket show, com músicas de seu repertório e de outros artistas nordestinos. Ela é uma das atrações no Espaço Cordel e Repente, promovido pela editora cearense Imeph, que reúne escritores do Nordeste.
Sofia foi escrito em 2011 e ilustrado por Luana Neiva, prima da autora. A personagem-título é uma menina curiosa que decide explorar o “mundo real” a partir de sua própria imaginação. Mayana foi inspirada pelas longas conversas que ela mesma tinha com o pai, quando era menor, e pela convivência com os sobrinhos, primos e o afilhado — então crianças, quando do lançamento da primeira edição. “A contribuição de cada um deles para o livro foi o ‘simples’ fato de eles existirem, cada um com seu jeitinho. Marina com inteligência, Pedro com amorosidade, Mateuzinho com pureza e Vitória com alegria. Mas o que eu quis mesmo era guardar uma mensagem para eles, para o futuro”, explica.
Esta segunda edição, revisada e revisitada, foi lançada em 2022, em um lançamento limitado na Livraria da Vila, capital paulista. Este é o primeiro evento do livro para um número maior de interessados. Todavia, o público-alvo da obra já teve contato com outras sessões de contação de história, narradas por Mayana. “O texto é bem sensorial. Em um dos momentos novos desta edição, quando Sofia vai se transformando, dizemos ‘vento dentro, vento fora, o que será de Sofia agora?’. Eu sinto que neste ponto as crianças ficam muito atentas , querendo saber o que vai acontecer”, detalha a artista.
Outros paraibanos integram a agenda desta 27a edição da Bienal. Nascido na Paraíba e radicado em Pernambuco, o cordelista Chico Pedrosa também participa hoje, no Espaço Cordel e Repente, com o lançamento do livreto Paisagens da Inspiração e Outros Poemas. Ele volta à grade deste espaço na quinta-feira, às 9h, numa sessão de leitura de cordel ao lado de outros artistas populares. O autor Romério Lopes, natural de São João do Rio do Peixe, traz a público os cordéis Caderno do Galo-Campina e Sistema Babilônico, em estande aberto até o próximo sábado. Romério é representado em São Paulo pelo produtor Ronaldo Araújo. “Conheci o autor porque organizo anualmente na cidade de Sousa uma coletânea de poesia cristã. Me interessei pelo trabalho dele e cheguei junto, sugerindo organizar e publicar os textos. Em Galo-Campina, ele se inspirou na maneira como as ilustrações japonesas retratam a natureza”, revela o produtor.
No último domingo, o psicólogo e youtuber pessoense Marcos Lacerda introduziu o livro Entrevista com a Solidão: Como Desenvolver Caminhos para a Conexão Humana, obra de autoajuda que perspectiva os momentos em que estamos sozinhos. “Quis dar ao leitor a oportunidade de refletir sobre sua própria individualidade e o que resta quando as relações ao nosso redor mudam. A solidão, portanto, não é necessariamente um fim, mas um convite à redescoberta do amor mais importante: o amor por si mesmo”, assevera Marcos.
Também no fim de semana, o jornalista campinense Genedilson Monteiro lançou Casa de Barro Branco e Areia, romance que se passa na Praia de Tabatinga e que bebe de lendas indígenas. “‘Tabatinga’ vem do tupi-guarani e foi uma das opções que pensei para dar nome ao livro. Acabei descobrindo que uma das traduções para este vocábulo era justamente Casa de Barro Branco e Areia, que casou com a história e acabou sendo o título”, descreve Genedilson. A cantora Socorro Lira, natural da cidade de Brejo do Cruz e radicada em São Paulo há duas décadas, apresentou ontem no Espaco Cordel e Repente um show com músicas de seu mais novo trabalho – Dá-me as Rosas, álbum que reúne versões musicadas de poemas escritos pela autora mineira Carolina Maria de Jesus.
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*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 10 de setembro de 2024.