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Peça ‘Trinca, mas não quebra’ em cartaz no Sertão da PB

publicado: 13/03/2018 20h05, última modificação: 13/03/2018 20h29
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Atração da reabertura do Teatro Íracles Pires, espetáculo foi encenado na zona rural de Cajazeiras e acontecerá em Sousa - Foto: Divulgação

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Linaldo Guedes

A reinauguração do Teatro Íracles Pires, semana passada, em Cajazeiras, trouxe de volta ao principal palco do teatro no Sertão paraibano a apresentação de um espetáculo que há muitos anos é sucesso de público e crítica na região. Trata-se de 'Trinca, mas não quebra', peça de Eliezer Rolim, com direção de Francisco Hernandez, que vem sendo apresentada, também, nas comunidades rurais de Cajazeiras, em evento que tem apoio do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (Fuminc), incorporando a máxima de que “todo artista tem que ir onde o povo está”.

O texto de 'Trinca, mas não quebra' é leve e consegue agradar ao público na medida certa. Narra uma festa de casamento numa noite de Santo Antônio no Sertão nordestino, mesclado de superstições e recordações lúcidas dos fogos de artifícios nas amarras de uma desesperada paixão entre dois adolescentes. A peça é um drama de fogueira no Sítio Umburanas, quando Terezinha, uma noiva de 15 anos, descobre morrer de amor por seu ex-namorado que se faz penetra para resgatar publicamente o sentimento que o sufoca.

Criando uma colagem de danças folclóricas e folguedos populares, é antes de tudo uma festa com cheiro de tragédia, daquelas contadas nos versos de literatura de cordel. Influenciado por ele, o espetáculo é um conto de São João com cheiro de milho assado. Onde tudo pode acontecer desde o corriqueiro incêndio de balão ao absurdo dos motes de cordel.

A atual montagem da peça conta com direção do experiente Francisco Hernandez, em produção da Associação Cajazeirense de Teatro (Acate). O espetáculo conta no seu elenco com grandes nomes do teatro cajazeirense, a exemplo de Beethoven Dantas, Aguinaldo Cardoso, Rivelino Martins, Karla Cristiane, Orlando Maia, Edna Caboclinha, Rosângela Alves e Fernando Inácio, além dos novos nomes, como Fabrícia Rolim, Flávia Rafaela e Wanderley Figueiredo.

Além de ter sido encenada na última quinta-feira (8) na reinauguração do Íracles Pires, a peça foi apresentada no último domingo (11) na comunidade de Cachoeira dos Cocos, dentro do projeto 'Circulação do Trinca na Zona Rural' de Cajazeiras. De acordo com Rivelino Martins e Francisco Hernandes, outras comunidades terão a oportunidade de receber o espetáculo da cidade de Cajazeiras.

Nesta quarta-feira (14), 'Trinca, mas não quebra' será apresentado na Mostra Banco do Nordeste de Artes Cênicas, em Sousa, a partir das 19h30. O local de apresentação será no Largo da Academia da Saúde Clarice Abrantes Cavalcante Guanabara.