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No Centro Histórico, Hotel Globo recebe mostra gratuita que reúne pinturas, esculturas e xilogravuras

Pinacoteca da UFPB ganha exposição

publicado: 10/05/2022 09h31, última modificação: 10/05/2022 09h31
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Foto: Willian Macêdo/Divulgação

por Guilherme Cabral*

Pinturas, esculturas e xilogravuras, que totalizam 23 peças, integram o acervo da Pinacoteca da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que está em exposição no Hotel Globo, localizado no Centro Histórico da capital paraibana, onde poderá ser visto gratuitamente, todos os dias da semana, sempre das 8h às 17h30, até o dia 30 deste mês de maio.

A mostra coletiva Acervo da Pinacoteca da UFPB, que é realizada pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), da Prefeitura Municipal, em parceria com a universidade, se caracteriza por contemplar três décadas de artes visuais (1960, 1970 e 1980), além de prestar homenagem póstuma ao gravurista paraibano José Costa Leite (1927-2021).

“O nosso objetivo, com essa exposição, é possibilitar que o visitante, seja turista ou o próprio paraibano, tenha a oportunidade de contemplar obras de grandes artistas da Paraíba, até porque essa é a terceira vez, ao longo dos seus 35 anos de existência, que a Pinacoteca da UFPB disponibiliza, para fora do campus de João Pessoa, parte do seu acervo para ser observado pela população na cidade. No total, os visitantes podem ver 11 xilogravuras, três esculturas e nove pinturas”, explicou o chefe da Divisão do Hotel Globo, o artista Willian Macêdo, que idealizou o projeto em parceria com o curador da mostra, o professor e coordenador da Pinacoteca da UFPB, Gabriel Bechara Filho.

As obras estão distribuídas em duas salas do Hotel Globo. Em uma, o público pode contemplar trabalhos produzidos, ao longo de três décadas, por artistas paraibanos consagrados, a exemplo de Flávio Tavares e Miguel dos Santos (1960); além de Fred Svendsen, Sandoval Fagundes e José Crisólogo (1970); Clóvis Júnior, Rosilda Sá e José Kléber (1980). E, ainda, estão incluídas obras de épocas mais recentes dos ceramistas Madriano Basílio, Davi Queiroz e da pernambucana Virgínia Colares. Já o outro ambiente foi transformado em espaço de homenagem póstuma ao artista sapeense José Costa Leite, xilogravurista, cordelista e autor do Almanaque Popular Brasileiro, radicado em Pernambuco, onde veio a morrer na cidade de Condado, em agosto do ano passado.

“Essa exposição é marcada pela diversidade de propostas e inventividade da arte paraibana. Estou feliz de fazer a exposição, mas, sobretudo, mostrar para os paraibanos e, principalmente, para os turistas, a arte da Paraíba”, disse o curador da mostra, Gabriel Bechara Filho, além de coordenador da Pinacoteca da UFPB, onde está abrigada grande parte da memória artística da Paraíba, acervo público esse que é considerado um dos mais expressivos da arte, em âmbito local, e que também possui 550 itens de outros artistas visuais do Nordeste e do Brasil.

Gabriel Bechara Filho comentou que a exposição ora aberta no Hotel Globo é “um recorte com obras de grandes artistas paraibanos”, todas do acervo da Pinacoteca da Universidade Federal da Paraíba. “Outro aspecto é a importância da Pinacoteca, que é do Departamento de Artes Visuais da UFPB, pertence ao Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), tendo sido um dos fundadores Hermano José, que foi o primeiro coordenador e deu importante contribuição, pois conseguiu doação de obras por parte de artistas para o acervo, que foi ampliado por outros trabalhos, doados por professores do Departamento”, apontou o curador.

Bechara Filho ainda destacou também a importância do Hotel Globo, que foi escolhido para abrigar a exposição por ser, atualmente, o espaço que mais atrai turistas na cidade, o que “dá maior visibilidade e ser um local privilegiado para exibir as obras dos artistas”, frisou ele.

“Essa exposição tem um valor histórico e artístico muito grande. Estamos disponibilizando um acervo precioso da UFPB ao qual a sociedade de João Pessoa precisa ter acesso. E ficamos muito contentes em garantir esta parceria com a Pinacoteca da universidade, por meio da qual quem mais ganha é o público e os artistas que têm suas obras democratizadas”, afirmou o diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa, Marcus Alves.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 10 de maio de 2022