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Prima ganha nova sede e vai realizar recitais didáticos

publicado: 18/02/2018 00h05, última modificação: 18/02/2018 11h25
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Alunos atendidos pelo Programa de Inclusão através da Música e das Artes, durante concerto natalino - Foto: Edson Matos

tags: nova sede , prima , recitais didáticos , alunos , música , inclusão , oportunidades


Mariana Lira

Especial para A União

O Programa de Inclusão através da Música e das Artes (Prima), tem transformado vidas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade desde 2012. Neste ano não será diferente, pois o projeto continua crescendo e oferecendo oportunidades através da música. A expansão conta com novos polos em diferentes municípios paraibanos, a transferência da sede do projeto para o Casarão dos Azulejos, no Centro da capital, e uma programação de recitais até o final do ano.

Milton Dornellas, diretor-geral do Prima, em entrevista ao jornal A União, relata o progresso do projeto. “As grandes novidades nesses últimos seis meses do Prima são que passamos de 12 para 22 polos, de nove cidades para 15, e teremos agora uma sede nova, com mais conforto, bem centralizada, através de uma parceria com a Secretaria da Cultura, por intermédio do secretário Lau Siqueira, que proporcionou a ida para esse espaço. Estamos começando bem 2018”.

O diretor anima-se com a nova sede do projeto, localizada no Casarão dos Azulejos, na Rua Conselheiro Henrique, 159, no Centro de João Pessoa. “Isso é uma grande notícia para o Prima! Um espaço digno e justo para um projeto que é legítimo e realmente inclusivo. É um projeto que já mostrou resultados ao longo desses cinco anos de existência”, expressa.

Na direção geral do Programa desde maio do ano passado, Milton Dornellas conta que sua visão para o projeto é de avanço, força e expansão, através de um renovo. Resultado disso são as cinco novas unidades do Prima, que em convênios com a Fundação Banco do Brasil e Funarte, tem sido inauguradas no último semestre. Com o apoio do Banco do Brasil, o Prima está presente em Sousa e em Monteiro. Já com o suporte da Fundação Nacional de Artes, Bananeiras, Picuí e Pedras de Fogo também contam com pólos do programa. Todas as modificações e ampliações são para atender em quantidade e qualidade as pessoas que frequentam o projeto. “A grande razão do Prima são os usuários”, enfatiza Milton Dornellas.

Dayane Roque, clarinetista, foi uma das primeiras alunas do Prima e testemunha dos benefícios do projeto para a sua vida e de seus colegas. “Antes do Prima eu não tinha ideia do que iria fazer da vida, se iria cursar uma universidade ou até mesmo terminar o ensino médio”, confessa Dayane. Ela começou suas aulas de clarinete em 2012, aos 14 anos de idade. Graças ao projeto e ao seu empenho, Dayane encontrou-se no mundo da música e, segundo ela, isso modificou substancialmente a sua vida.

“Fui me aprimorando no instrumento e passei a ser monitora da classe de clarinetes, e isso me ajudou muito a definir meu futuro. O Prima me deu esse rumo”, afirma a musicista. Quando completou 18 anos, Dayane tornou-se professora de clarinete no projeto, atuando no polo de Guarabira. “A experiência de dar aula me ensinou muito, todas as oportunidades que o Prima me ofereceu mudaram de alguma forma a minha vida positivamente”, acrescenta. Atualmente, Dayane está no quarto período do Curso de Música na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e continua participando do Prima, atuando como secretária no polo da Penha, em João Pessoa.

Joeliton Nunes, 19 anos, é aluno do Prima desde 2013. Ele trocou o Curso de Física pelo violino, instrumento pelo qual o jovem tem paixão. Com os conhecimentos adquiridos no Programa, Joeliton conseguiu ingressar no Curso de Extensão em Violino na UFPB, e o cursa paralelo ao projeto. E, recentemente, foi aprovado no Bacharelado em Práticas Interpretativas: Violino, também na Universidade Federal da Paraíba. “O Prima foi muito importante para eu me tornar o que sou hoje, sem as oportunidades que o projeto me proporcionou, eu jamais teria chegado onde cheguei, talvez nunca tivesse tido nem contato com a música”, conta o jovem violinista ao jornal A União.

Além das aulas e de uma direção para a carreira profissional, o Prima proporciona a alunos como Dayane e Joeliton oportunidades nacionais. “Graças ao projeto eu tive a oportunidade de ir duas vezes para o Festival de música de Santa Catarina (Femusc). Foi uma experiência incrível e também renovadora, vindo desse festival eu e meus colegas voltamos pra Paraíba com nossos sonhos renovados e mais fortes”, afirma Dayane Roque. No quesito oportunidades, o Prima sempre está na ativa. Uma delas alcança também para o público geral: toda primeira terça-feira de cada mês, a partir de abril até novembro, o Prima realiza recitais didáticos no Teatro Santa Rosa, as 15h, com entrada gratuita.

Sobre o Prima

O Prima é um programa que utiliza a música como ferramenta para a inclusão social e disponibilização de oportunidades para crianças e adolescentes do estado da Paraíba, com foco em regiões de maior vulnerabilidade social. O Prima trata-se de uma política pública do governo do estado, através da Secretaria de Estado da Educação, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura. O principal público são os alunos das redes estaduais e municipais de ensino, de 8 a 18 anos. Todavia, o programa está aberto para atender a toda comunidade. Para alunos de escolas particulares é preciso levar o instrumento próprio para as aulas.

Hoje são 22 polos distribuídos em 15 cidades: João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Guarabira, Catolé do Rocha, Patos, Itaporanga, Cajazeiras, Mamanguape, Bananeiras, Sapé, Sousa, Monteiro, Pedras de Fogo e Picuí. Tem o objetivo de ensinar música para fomentar a promoção dos valores humanos e de cidadania. As atividades do Prima serão retomadas nesta segunda-feira (19), a partir desta data também poderão ser feitas as inscrições em todos os polos. As informações sobre horários das aulas de cada instrumento e em cada unidade do projeto, estão disponíveis na página do Facebook do projeto: https://www.facebook.com/primaparaiba. (Clique aqui)