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Projeto da Parahybólica Cultural abre espaço para nomes da música paraibana

publicado: 16/06/2016 00h05, última modificação: 15/06/2016 21h35
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Radicada na Paraíba há 15 anos, a cantora, violinista e compositora Cida Alves é uma das atrações do evento no mês de junho - Foto: Divulgação

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Lucas Silva Especial para A União

Promovendo apresentações culturais em pequenos formatos, o projeto Espacinho da loja Parahybólica Cultural divulgou sua programação de shows do mês de junho e entre os nomes selecionados para as performances estão Cida Alves, Milton Dornellas, Pau pra dar em Doido e a banda Augustine Azul. A atividade, que teve início no último dia 8, segue até o próximo sábado (18). Seu objetivo tem norte com os princípios da economia criativa e a formação de pequenas apresentações para ocupação do Espaço Cultural. A entrada é gratuita e têm início pontualmente às 20h.

Segundo o organizador do evento, Alexandre Santos, o projeto começou a se configurar como um palco para performances de pequenos formatos. Além disso, a proposta é registrar as apresentações em formato para internet.

A cantora baiana Cida Alves abre hoje os caminhos para os demais participantes do projeto com toda sua musicalidade e exuberância. Dona de uma voz forte, violonista e compositora baiana, radicada na Paraíba há 15 anos, Cida iniciou sua trajetória musical aos dez anos de idade, quando aprendeu a tocar violão, atrelado ao seu canto, daí foi tomando gosto pela arte de interpretar.

Começou a cantar a partir da influência da mãe, que gostava muito de música antiga, como Francisco Petrônio e Dalva de Oliveira. “Até hoje trago músicas daquela época no meu repertório. Alguns chorinhos como Carinhoso, e algumas valsas são belíssimas canções brasileiras e me emociono muito ao cantá-las”, disse a artista.

Há alguns anos participando das rodas de samba da capital paraibana, Cida já se apresentou em várias casas e projetos com o repertório voltado para os bambas brasileiros. Em sua defesa pela bandeira do samba, Cida Alves busca valorizar a ocupação das mulheres nos espaços artísticos e musicais da cidade, e que vem, cada vez mais, se destacando e se propagando no meio, com o respeito do público e dos demais artistas locais.

Suas principais referências são Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Cartola, e promete apresentar ao público do Espacinho, um repertório diversificado. Com uma voz aguda e afinada, que lembra muitas vezes Elba Ramalho e Elis Regina, Cida tem o dom de intérprete desenvolvido nos palcos, que foi aperfeiçoado nos dois anos de aula de canto lírico que fez já em João Pessoa. Ela imprime uma nova roupagem ao repertório, transportando para sua voz toda a subjetividade e poesia que as músicas podem possibilitar.

Já na sexta (17) o artista Milton Dornellas dá continuidade ao evento com suas músicas autorais. Durante a apresentação, ele fará um apanhado de sua carreira desde o lançamento do disco ‘No Ventre da Besta’ (1986), até os consecutivos a exemplo de ‘Mandrágora’ (1993), ‘Ancestrais’ (1998), ‘Sete Mares’ (2000), ‘Alinhavo’ (2002) e o seu mais recente trabalho, ‘O Gargalhar da Invernada’, lançado no ano de 2007.

Além de ter participado de grupos musicais e dos seus trabalhos solo gravados, Milton Dornellas também participou de diversas coletâneas musicais, a exemplo do ‘Cantata Popular’, ‘Coletânea Musiclube’, além de participações em CD`s de artistas paraibanos, como o do grupo Jaguaribe Carne e também do CD ‘Laminas de Black Tie’ do cantor Paulinho Ditarso.

E encerrando o projeto Espacinho deste mês, as bandas Pau de dar em Doido e Augustine Azul apresentam sua sonoridade ao público. Por exemplo, a banda paraibana Augustine Azul, surgiu no meio de uma interessante leva de bandas novas de João Pessoa e tem como definição o rock progressivo, devido à pluralidade de influências e referências. A exemplo disso, o grupo lançou ano passado, de forma independente, o seu primeiro EP, que leva o mesmo nome da banda.

“A produção do ep foi feita exclusivamente por nós e ajuda de amigos que se envolveram no projeto para nos ajudar. Falamos com algumas pessoas que cederam os instrumentos, o espaço para captação do som, mas volto a dizer, muitas coisas tivemos que fazer”, explicou o baixista do trio Jonathan Beltrão quando perguntado sobre o processo de criação do seu ep.

Compondo o trio, estão João Yor, Jonathan Beltrão e Edgard Moreira. Para os integrantes, a banda surgiu por meio de uma tirada de som onde os meninos tocavam Nando Reis. “Aquela brincadeira de tocar Nando Reis acabou se tornando sério e começamos a ir atrás das coisas para nosso projeto”, contou o guitarrista João Yor.