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Secult Paraíba lança hoje revista "Piriah"

publicado: 20/05/2016 00h05, última modificação: 19/05/2016 22h47
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Trecho da capa da publicação “Piriah”, da Secretaria de Estado da Cultura, que faz homenagem ao povo cigano - Foto: Divulgação

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Guilherme Cabral

Palavra que, no dialeto Calon, dos ciganos de Sousa - cidade localizada na região do Alto Sertão da Paraíba - significa “caminhando”, Piriah é o título da revista de arte, crítica e pensamento que a Secretaria de Estado da Cultura lança hoje, a partir das 17h, ao lado do Cine Banguê e Parahybólica, nas dependências do Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa. Na sequência, o grupo Jaguaribe Carne se apresentará, dentro do Projeto Música do Mundo da Funesc. “Na verdade, é uma revista que foge, um pouco, aos conteúdos das revistas institucionais. Não se trata de uma revista de prestação de contas das atividades da Secult, mas uma revista de provocações estéticas e provocações críticas acerca das políticas culturais em vigência no País. A importância para a Paraíba é estarmos na vanguarda desse debate no Brasil. A princípio, pouco as gestões puxam para si essa responsabilidade. Ela vai percorrer o País levando o nome da Paraíba”, disse para o jornal A União o secretário Lau Siqueira, ao comentar a importância da publicação, que também será lançada nos demais estados do Nordeste. 

Embora vá estar presente, ao lado do gerente Executivo de Promoção Cultural da Secult - PB, Milton Dornellas, para realizar o lançamento da Piriah no Espaço Cultural, o secretário Lau Siqueira fez questão de ressaltar que o evento tem cunho “institucional”. Esse primeiro número, que é referente ao mês de maio, da publicação - cujo subtítulo é Revista de Arte e Cultura, tem 65 páginas e deverá, a princípio, circular com periodicidade semestral - contém material diverso, a exemplo de textos críticos, ilustrações artísticas, poemas e ficção. Os jornalistas Gregório Medeiros e Caroline Oliveira são os responsáveis pela publicação, cuja arte da capa é de João Cassiano, conhecido como Cassicobra. A propósito, ela também integra o Conselho Editorial com o secretário Lau Siqueira, Mariah Benaglia, João Faissal, Mirnah Leite, Raquel Stanick e Thaïs Gualberto.

Lau Siqueira ressaltou pelo menos uma reportagem contida no primeiro volume de Piriah. “Temos uma entrevista com Francisco Bosco, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), que acho ser o destaque, pois o presidente diz que a reestruturação da Funarte, com a nacionalização das suas ações, dialoga exatamente com o Projeto Conexão Nordeste, que nasceu do Encontro Nordestino de Produção Cultural Independente, provocado pela Secult Paraíba e que envolveu todos os estados do Nordeste”, disse ele. Outra matéria a se mencionar nesse volume é intitulada de “Os nossos ciganos”, cujos texto e fotos são de autoria de Kleide Teixeira e na qual ela confessa sua surpresa ao constatar a existência desse povo e seus dialetos em território paraibano.

“O nosso objetivo é, basicamente, estimular o pensamento crítico acerca da arte produzida na Paraíba e nas políticas públicas de cultura implementadas ou em vias de implementação no Estado”, observou o secretário Lau Siqueira, ao justificar o lançamento de Piriah. Ele disse que a publicação deverá ter de 60 a 100 páginas, a cada edição. “A princípio, a revista não será vendida, mas distribuída nos lançamentos. Aliás, estamos pensando em lançá-la em todos os estados do Nordeste e, no dia 2 de junho, faremos um lançamento em Sergipe para todos os secretários de Cultura do País”, disse ele. “A revista surge para afirmar, para expandir o pensamento, a arte e a cultura da Paraíba para os demais Estados. Na verdade, a revista deve se transformar numa porta-voz da gestão cultural da Paraíba no Nordeste e num elo importante para o intercâmbio da arte paraibana nos demais estados, a partir do Projeto Conexão Nordeste, que nasceu por aqui”, prosseguiu o gestor.

Dentro da proposta de encaixar a revista fora dos padrões das publicações institucionais, o gestor da Secult comentou que alguns cuidados estarão sendo tomados na edição de cada número da Piriah. “Pretendemos manter um visual mais leve e os textos mais convidativos. Não apenas informativos, mas também reflexivos, críticos mesmo. Queremos uma revista de qualidade técnica e estética incontestável e não apenas um órgão de divulgação. Por isso estaremos avaliando, primeiramente, até mesmo a qualidade da impressão e do material utilizado. Na verdade, o rigor em relação à qualidade dos textos e da arte é que deverá transbordar na revista”, disse Lau Siqueira. Ele esclareceu que qualquer pessoa interessada em publicar algum material pode enviá-lo para o e-mailrevista.piriah@gmail.com, o qual será analisado pelo Conselho Editorial.