Um olhar para o passado e outro para o futuro, como enseja toda reflexão em dia de aniversário. Depois de concluir o ano lançando o vinil de seu primeiro álbum, Chico César começa 2024 comemorando 60 anos de idade. A data será celebrada no dia 26 de janeiro com um show especial às 20h, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Ele deve apresentar suas músicas lançadas em seu décimo álbum de estúdio, Vestido de Amor, mas revisitando também as canções que marcaram sua trajetória desde o disco Aos Vivos. Será um ano de novos álbuns, com músicas inéditas e de parcerias internacionais.
“O show de Vestido de Amor já é bastante temperado com coisas de outros momentos da carreira, inevitavelmente. Tem até música instrumental, ‘Por causa de um ingresso do festival matou roqueira de 15 anos’. Tem a música de quando eu tinha 19 anos, morando em João Pessoa, e outras que são referências para as pessoas que me influenciaram, como ‘Agalopado’, de Alceu Valença, ‘Admirável gado novo’, de Zé Ramalho, e ‘Sobradinho’, de Sá e Guarabyra, que eu gravei para a novela. É uma estética do Vestido de Amor, mas que mira a carreira toda”, anuncia Chico César.
Já entre fevereiro e março está previsto o aguardado lançamento de um álbum e de uma turnê com o maranhense Zeca Baleiro que deve passar por todo o país. “Com Zeca Baleiro vai ser uma coisa mais com banda, como é o disco mesmo, só de composições inéditas”, antecipa o paraibano.
O projeto deve dividir a agenda de Chico com outra parceria que ele vem realizando com sucesso junto ao pernambucano Geraldo Azevedo, com o show Violivoz, que também virou álbum neste ano. O tamanho da repercussão amplamente positiva desse show chegou a surpreender o paraibano. “Com os nossos violões estamos fazendo coisas em ambientes bem surpreendentes. A gente tem feito festivais de rock, coisas grandes mesmo. No começo eu pensava que seria um show para teatros com 400 lugares, no máximo. Quando queriam botar a gente em 800 lugares, eu já falava: ‘Não, vamos para um lugar menor, aí não funciona’. Mas esse encontro com o Geraldo Azevedo funciona muito”, considera Chico.
Os projetos não param por aí. Em breve, deve ser lançado ainda um disco com o duo hermano Rojo Barceló: a cantora e compositora Maria Barceló e o pianista e baterista Esteban Blanca. Trata-se de uma dupla argentina de quem Chico César se aproximou bastante durante o período da pandemia em que passou quatro meses no Uruguai, isolado pela Covid. “Eles não podiam voltar para o país deles e eu acabei ficando no Uruguai também aquele tempo”, remonta ele, que deve retomar também sua turnê internacional em 2024. Esse será um período intenso de trabalho e de parcerias, coisas que estavam represadas ainda pelos tempos de crise sanitária global. “As pessoas saíram da pandemia querendo arte, querendo música, isso é muito bom. Não podemos reclamar. Acho que todos estamos um pouco ávidos ao reencontro com o público, o público com o seu reencontro com os artistas, com os espaços de cultura. Nesse ano de 2024 também vamos ter bastante trabalho”, conclui César.
Os ingressos para o show especial em celebração aos 60 anos de Chico César, que acontecerá no dia 26 de janeiro, já podem ser obtidos, a partir de R$ 60, através do site Eventim (eventim.com.br).
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 24 de dezembro de 2023.