Guilherme Cabral
W. J. Solha - Um homem feito de letras e imagens” é o título da palestra que a atriz e produtora Suzy Lopes profere nesta quinta-feira (10), a partir das 19h, no auditório do Sesc (Serviço Social do Comércio), localizado no Centro de João Pessoa. Na ocasião, a ministrante fará uma explanação - incluindo exibição de imagens de obras e filmes - de Solha, que é considerado um dos maiores ícones da cultura paraibana, além de contar a vida, o trabalho e casos e histórias do artista, cujo intuito é discutir, com o público, a sua contribuição para a área das artes. As inscrições - gratuitas - estão abertas no Setor de Cultura da instituição, no período das 8h às 18h, mas também pode ser feitas pelo e-mail priscilavitaljp@hotmail.com.
A palestra de Suzy Lopes é baseada no TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) para o Bacharelado de Teatro da Universidade Federal da Paraíba realizado em 2012, sob orientação do professor e doutor Paulo Vieira, e defendido no ano seguinte, cujo título é “A verdadeira história de W. J. Solha”, alusão, em tom de “brincadeira”, conforme ela confessou para o jornal A União, a um dos espetáculos que ele escreveu, denominado A Verdadeira Estória de Jesus, de 1988. “A minha primeira ideia foi abordar a produção teatral de Solha, mas percebi que toda sua obra era tão misturada”, admitiu a atriz, que, diante dessa constatação, decidiu enfocar as diversas facetas do homenageado: o escritor, o pintor, o diretor teatral, o dramaturgo e o ator, que está no terceiro capítulo da palestra. Já o primeiro lembra a origem de Solha, sua mudança para a Paraíba, enquanto o segundo faz uma contextualização da sua obra no cenário cultural em cada época.
“A obra de Solha tem uma importância enorme para a arte e a cultura brasileiras”, comentou Suzy, mas fazendo questão de ressaltar que tal opinião também é válida, em âmbito regional. “Embora seja natural de São Paulo (cidade de Sorocaba), ele nasceu artisticamente na Paraíba, onde também desenvolveu esse trabalho”, lembrou ela, para quem o autor, na área das Artes Cênicas, foi capaz de “inventar uma linguagem interessante, futurista”. No entanto, a atriz, que realizou uma pesquisa extensa sobre a vida e obra de Solha, acredita que é necessário o público saber quem ele é e ter acesso a essa contribuição artística que ainda vem dando.
Já o próprio Solha, que está radicado na Paraíba desde 1962, ao ser entrevistado por A União, se mostrou agradecido pela homenagem que agora lhe presta Suzy Lopes. “Ela é uma tremenda de uma atriz, que tem se saído bem nos trabalhos que realiza, pois é uma grande e jovem atriz, com quem tive a honra de fazer o teste para o filme Era uma vez eu, Verônica, do Marcelo Gomes, para o qual fomos, ambos, aprovados”, acrescentou o artista, lembrando, ainda, que Suzy ganhou nota 10 quando defendeu o TCC.
No entanto, apesar de alvo da homenagem, Solha não participará da palestra no Sesc. “Tanto me é tão difícil ouvir críticas quanto elogios de corpo presente. Quero acrescentar que a hora é dela, não minha. Além do mais, é uma personalidade que tem colocado a poesia paraibana em evidência com os célebres saraus que promove”, disse ele, ao justificar, antecipadamente, sua ausência no evento.
Leia reportagem completa na edição impressa de A União nesta quinta-feira, 10.