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Longa paraibano "A Noite Amarela" entra em fase de pré-produção

publicado: 06/06/2017 00h05, última modificação: 06/06/2017 08h13
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O filme dirigido por Ramon Porto Mota (centro) é patrocinado pelo Fundo de incentivo à Cultura do Governo da Paraíba - Foto: Divulgação

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Rodolfo Amorim - Especial para A União

O amadurecimento de jovens amigos que acabam de sair do ensino médio é o enredo do filme paraibano “A Noite Amarela”, que será filmado nos meses de julho e agosto. Após ter sido selecionado no edital do Fundo de incentivo à Cultura (FIC) Linduarte Noronha - 2014, que visa o estímulo às produções cinematográficas do Estado da Paraíba, o filme é o primeiro longa produzido pela Vermelho Profundo, de Campina Grande. Com direção de Ramon Porto Mota, a produção se baseia nos diversos gêneros, sem se encaixar em um especificamente, transitando por terror, suspense e ação.

A seleção de elenco já foi feita e a escolha de equipe já foi iniciada, além disso, as principais locações do filme já estão definidas. Segundo Fabiano Raposo, produtor do filme, o cenário do longa se baseia no litoral sul do estado da Paraíba, cidades como Conde, mas especificamente a praia de Jacumã e também as margens da praia de Cabedelo são lugares onde serão gravadas a maioria das cenas. Campina Grande também faz parte das cidades escolhidas para comporem o filme.

Além dessa fase de amadurecimento dos amigos, cuja narrativa se dispõe a contar, o filme mostra o início de uma nova etapa na vida, então, esse grupo de sete amigos viaja para uma antiga casa de praia, numa pequena ilha do litoral da Paraíba. Para eles, a viagem é uma libertação da rotina que foram obrigados a seguir até o fim do colégio e precisa ser devidamente celebrada. Contudo, enquanto eles bebem, conversam e se divertem, a noite, na sua escuridão, e alheia a seus medos, anseios e vontades cai, lentamente, lá fora.

Curtas-metragens e série para TV

Outras produções da Vermelho profundo realizadas em anos anteriores também já foram contempladas pelo edital Linduarte Noronha. Além da aprovação do longa-metragem “A Noite Amarela”, que foi em 2014 e encontra-se em fase de pré-produção, o curta-metragem “O Hóspede”, com direção também de Ramon Porto e Anacã Agra foi realizado com recursos do edital Linduarte Noronha de 2009. O curta envolve ficção e suspense, e tem os paraibanos Fernando Teixeira e Soia Lira no elenco.

Do ano de 2011, o curta, que dura 17 minutos, se passa em uma pousada no interior da Paraíba, onde um estranho hóspede e um incidente misterioso deixam o proprietário inquieto e obcecado em descobrir quem é aquele homem e o que ele está fazendo ali. A produção pode ser assistida na internet.

A produtora também tem na sua cartela de produtos audiovisuais os projetos: “O Desejo do Morto”, em que Fernando Teixeira também atua. Esse produto não participou do Linduarte, mas sim do edital de produção de curtas-metragens da Secretaria do Audiovisual 2011. A série para TV, chamada “O Nó do Diabo” também foi realizado pela produtora. Com cinco episódios, ela narra, em cada um deles, um conto de horror, cinco encontros com a morte, e fazendo tomada por horrores a mais de duzentos anos.

Fundo de Incentivo à Cultura

O Fundo de incentivo à Cultura (FIC) é o principal mecanismo de fomento à cultura do Governo do Estado da Paraíba. Segundo o secretário executivo do FIC, Pedro Santos, no último edital, que foi o de 2014-2015. Pela primeira vez, longas-metragens puderam ser contemplados, com um orçamento de R$ 750 mil. Os longas são “A noite Amarela”, da Vermelho Profundo, de Campina Grande e “Desvio de Conduta”, da canário filmes, produtora pessoense. O governo entra com o valor de R$ 250 mil e o restante é fornecido pela Agência Nacional de Cinema.

Pedro contou que antigamente, o Linduarte Noronha era um prêmio, e agora está na condição de patrocínio. Sob o ponto de vista do secretário, as produções culturais paraibanas são evidentes, principalmente no que diz respeito ao cinema, ele destacou os curtas. “Eu acho que a gente tem uma gama bastante extensa de produção, sobretudo de curtas, há também uma profissionalização do setor, além de ter um intercâmbio muito forte entre as cidades, seja pra formar novos roteiristas, quanto pra rodar os filmes. Não se pode esquecer que a Paraíba tem festivais muito bacanas que contribuem nessa divulgação”, enfatizou.