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Teatro Paulo Pontes é destaque no cenário internacional das artes cênicas

publicado: 03/07/2016 00h05, última modificação: 03/07/2016 08h42
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Com capacidade para mais de seiscentos expectadores, o espaço que foi recentemente restaurado oferece conforto e comodidade ao público - Foto: Divulgação

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Lucas Silva - Especial para A União

Logo após passarmos pela Parahybolica Cultural, espaço que proporciona ao público e artistas paraibanos atividades de economia criativa e produção cultural, essa semana a série “Espaços do Espaço Cultural” começa a entrar em sua reta final e nos leva hoje a conhecer mais um novo local, onde atores interpretam uma história ou atividades para o público. Para se ter ideia, nele já passaram artistas como Arthur Moreira, Bibi Ferreira, Heloisa Périssé, Daniel Araújo, entre outros. Você ainda não tem ideia de qual lugar estamos falando? Então venha conosco para conhecer mais do Teatro Paulo Pontes.

Antes de ser reaberto, o Paulo Pontes nem sempre foi do jeito que o encontramos hoje. Seu nascimento se deu a mais de 30 anos com a inauguração da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego em 1982, uma obra assinada por Sérgio Bernardes, que leva este nome em homenagem ao teatrólogo paraibano Paulo Pontes.

Dessa forma, adentrando um pouco mais na história, o teatrólogo Paulo Pontes teve e possui ainda, de certa forma, uma ligação direta com o espaço, pois foi lá onde ele começou sua vida artística. Em primeiro momento, ele foi produtor de programas radiofônicos na Rádio Tabajara, na Paraíba, e logo após passou a colaborar com o jornal A União. Paralelamente a isso, como ator e autor ele começou no Teatro de Estudante da Paraíba, encenando a peça “Os Inimigos Não Mandam Flores”, de Pedro Bloch.

Depois de Paulo, durante esses anos, vários diretores passaram por essa casa de espetáculos, havendo poucas mudanças. Entretanto, um fato curioso é que mesmo com 30 anos de existência a equipe técnica permanece basicamente a mesma, principalmente os técnicos de luz e palco.

Segundo o diretor do equipamento, Thiago Freire Henriques, por ser um teatro de grande porte e com uma boa localização, o Pualo Pontes sempre esteve atuante com espetáculos de teatro, dança, shows musicais, palestras e demais eventos. Durante esse período de existência e até hoje é referência nacional e internacional como um espaço excelente para as artes.

“O Teatro passou por uma grande transformação com essa reforma envolvendo plateia, palco, equipamentos de luz e som, camarins, cadeiras, enfim, ficou novo em folha. Hoje ele precisa apenas de zelo”, completou Thiago Freire.

Agora saindo um pouco da história e vindo para nossa atual realidade, o teatro passou por uma vistoria onde houve um aprimoramento do local. Após sua reabertura, o espaço voltou a funcionar com sua capacidade total enquanto sala de espetáculos. Desse modo, entre as melhorias adequadas ao novo Paulo Pontes, estão o ganho de uma nova caixa cênica, que possibilita o recebimento de atrações internacionais.

Além disso, um dos destaques da reforma do equipamento é a acessibilidade. Dos 660 lugares disponíveis, 640 são poltronas convencionais, com 14 lugares para cadeirantes e seis assentos para portadores de necessidades especiais. Fora isso, o teatro passou também a ter rampas e outras melhorias para permitir o acesso da população com mobilidade reduzida.

O ambiente é climatizado, possui modernas instalações de som, iluminação e possui seis camarins, sendo dois individuais. Outro fato interessante é que após sua reforma a média de eventos cresceu sendo agora de 20 a 25 eventos por mês.

“Imagine isso em 30 anos. Apresentações de teatro, dança, shows musicais, festivais escolares e eventos corporativos. Fica difícil calcular com exatidão um número fechado, mas importante é manter o teatro sempre em atividade”, ressaltou o diretor do local.

Ainda em entrevista para o jornal A União, o diretor Thiago Freire Henriques foi questionado sobre qual a sua relação com o local e como entrou nesse mundo para se interessar tanto pelo Paulo Pontes. Em resposta Thiago disse que, após assistir alguns espetáculos ele conheceu a trupe de atores e palhaços da Paraíba, Agitada Gangue, e se tornou fã do grupo e apreciador da arte teatral.

“Após conhecer a Trupe, logo fui convidado para atuar como sonoplasta na trupe, que hoje está com dois espetáculos em circulação: “Como nasce um cabra da peste” e “ Skabum”. Aos poucos fui conhecendo a linguagem do teatro, o palco, as cortinas, varas de luz, plateia, cabine de som. Tudo era novo e muito mágico e curiosamente fui me envolvendo, descobrindo e aprendendo a lidar com o teatro, principalmente com a casa de espetáculo, o teatro e tudo que lhe diz respeito: Palco, plateia, cortinas, cadeiras, enfim, passei a gostar muito de conviver e poder cuidar com total dedicação como ele necessita.

Portanto, é possível ver que mesmo quem é de fora pode se incluir no mundo teatral através da curiosidade e paixão pela arte, assim como fez o atual diretor do local, Thiago Freire Henriques. Essa oportunidade é dada graças ao agendamento de vários tipos de eventos.

Para marcar um horário é muito simples. Seu funcionamento ocorre da seguinte maneira. O agendamento é feito na administração do teatro de segunda a sexta-feira das 9h às 14h. Na segunda-feira o teatro é fechado para manutenção técnica. Mas, de terça a quinta-feira está aberto para eventos coorporativos, escolares e outras instituições. Já na sexta, sábado e domingo, para eventos artísticos de grupos e companhias de teatro, dança, música e circo.