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Tintin Cineclube exibe filmes que tratam sobre a maternidade

publicado: 23/11/2016 00h05, última modificação: 22/11/2016 22h12
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O Filme Cartas para Yael, produzido em 2010 por Brasil e França, é um dos exibidos na última edição do evento neste ano - Foto: Divulgação

tags: Cine Banguê , Tintin CineClube


Guilherme Cabral

Três documentários e um de ficção - cujo título é Sophia, produção de 2013 do cineasta paraibano Kennel Rogis - integram a programação da edição - a última em 2016 - do Tintin Cineclube que acontece hoje, a partir das 19h30, em sessão gratuita - totalizando 82 minutos de duração - no Cine Bangüê do Espaço Cultural, localizado em João Pessoa. No entanto, o tema geral - “Nascimento e maternidade” - que une esses filmes é o sentimento de afeto que o ser humano ainda nutre pelo seu semelhante, o qual se manifesta, por exemplo, no momento sublime da geração de um filho. A Classificação Indicativa é 10 anos de idade. 

Um dos documentários que o público assiste hoje intitula-se Através, de Sérgio Borges e Eva Queiroz, filme com 12 minutos de duração e produzido em 2002, em Minas Gerais. Trata-se da representação de sentimentos dos diretores, durante o período de gestação e nascimento de seu primeiro filho. Sentimentos que ocorrem no limiar da interseção entre o que vem e o que se vai. Outra atração no mesmo gênero, de cunho autobiográfico, é Tarashime (40 minutos, 2006, Japão), dirigido pela japonesa Naomi Kawase. Por meio das imagens, a cineasta mostra a sua relação com a tia-avó que a adotou (Uno Kawase) e com seu primeiro filho recém-nascido (Mitsuki Kawase), o que leva o espectador a refletir sobre a vida e sua renovação permanente.

Produção com 15 minutos de duração realizada por Brasil e França em 2010, o documentário intitulado Cartas para Yael, de Gabriela Maraschin, também integra a programação do Tintin Cineclube. No enredo, mãe e filha viajam pelo Velho Mundo num carro transformado em casa. E, enquanto a paisagem muda, a mãe observa a filha crescer e a faz relembrar as expectativas e medos sentidos durante a gravidez. É uma história de amor, de conexões, de descobertas. Por caminhos desconhecidos, entre França e Espanha, Gabriela e Yael guiam uma a outra numa viagem interna e fusional, iniciada ainda na barriga.

Já o filme de ficção, produzido em 2013, é Sophia, do cineasta paraibano Kennel Rogis. Ao longo de 15 minutos de duração, o espectador assiste uma mãe dedicada, chamada Joana, na busca por entender melhor o universo de Sophia. Nessa empreitada, ela passa por belíssimas experiências sensoriais, o que resulta em uma singela história de amor cercada de poesia visual e sonora.

“Falaremos de nascimento, de afeto, do amor materno, de conhecer a sensação de ter o coração fora do teu próprio corpo. Olhar de onde viemos pode nos ajudar a ver melhor para onde ir. A vida não para e possui uma incrível capacidade de renovar-se. Que não nos falte coragem, força e ternura”, justifica, em texto divulgado para a imprensa, a Coordenação do Tintin Cineclube, ao falar sobre o tema desta última edição do evento em 2016.

E, a propósito, ao traçar um balanço das atividades desenvolvidas pelo Tintin Cineclube em 2016, a Coordenação do evento fez a seguinte declaração: “Um ano atribulado, com acontecimentos que nos provocaram a tomar posições, a refletir sobre o que está à nossa volta, a avaliar nossos valores, nossas escolhas. Um ano que se aproxima do fim, fazendo-nos pensar em perspectivas, em qual futuro queremos para nós, para os nossos e para aqueles que virão. Um ano de instabilidade e tensões, que nos levaram a desejar um alento”. No intuito de ilustrar, de dar uma ideia do que foi esse período, se utilizou o seguinte hai-kai, reproduzido em um dos filmes selecionados para esta sessão: “Minha casa incendiou / a cerejeira do jardim floresce / como se nada houvesse ocorrido”.