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Wanessa Dedoverde abre exposição Chrysalis

publicado: 16/02/2016 01h00, última modificação: 15/02/2016 20h30
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Wanessa Dedoverde criou imagens feitas com a técnica do pontilhismo, usando caneta nanquim sobre papel canson - Foto: Wanessa Dedoverde/Divulgação

tags: wanessa dedoverde , artes plásticas , artes visuais , chrysalis


Lucas Silva
- Especial para A União

É através de uma série de desenhos que abordam de maneira intuitiva, a fragilidade, liberdade, transformação, juventude, efemeridade e beleza da mulher, que a artista visual paraibana Wanessa Dedoverde apresenta ao público, hoje, mais uma exposição de artes visuais dessa vez chamada “Chrysalis”. As obras, que faz parte do projeto Arte na Empresa, ficam expostas no Hall de Exposições Energisa e podem ser vistas, no período das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, até 23 de fevereiro. A entrada é gratuita para o público.

Em seu trabalho, Dedoverde traz imagens feitas por meio da técnica do pontilhismo com caneta nanquim sobre papel canson. O conceito da exposição faz uma analogia entre o estado de maturação da espécie com a condição da mulher no mundo.

Segundo a artista, a exposição demonstra um estado de pupa, em que uma lagarta se fecha em um casulo, cujo este lugar é de transformações. “O estágio transitório do ser, a vida em formação. Antes de ser crisálida, esse ser foi uma lagarta e se tornará uma borboleta, que é um símbolo do renascimento, segundo a psicanálise”, completou Wanessa.

Wanessa disse ainda que, sua exposição tem definições no latim e em grego. “Em latim, Chrysalis significa “crisálida”, estágio de ninfa de insetos da ordem lepidóptera. Já em grego, o termo crisálida significa ouro, devido à coloração dourada encontrada nas pupas de várias espécies de borboletas.

Wanessa Dedoverde criou imagens feitas com a técnica do pontilhismo, usando caneta nanquim sobre papel cansonMesmo muito nova, com 27 anos de idade, Dedoverde já realizou a apresentação de sua exposição em outros locais como, por exemplo, em 2015 dez peças foram expostas no Sesc Centro João Pessoa, além disso, ela expôs junto a Priscila Witch, “Era uma vez”, no Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa, e participou com “Sasha” da I Bienal de Graffiti da Paraíba, no INSS Cultural junto a colegas e grandes artistas do graffiti da Paraíba.

Como seu envolvimento com o mundo da arte iniciou aos 11 anos, foram os quadrinhos japoneses (mangás) e coreanos (manhwas) e todos desse universo que chamou a atenção da artista de tal forma que ela começou a estudar e desenhar diariamente.

“Houve um tempo em que, enquanto minhas amigas e amigos estavam brincando na rua, eu estava trancada no meu quarto ouvindo música e desenhando. Nas férias, passava o dia inteiro ali, aprendendo. Lembro-me das minhas amigas irem me visitar e ficarem lá me olhando desenhar”, revela Wanessa.

Embora ainda não tenha uma formação acadêmica concluída, já passou pelos cursos de Letras, Moda, Design de Interiores e Design Gráfico. “Pretendo concluir o curso de Letras”, afirma, pois, “adoro ensinar línguas. Gosto de estudar semiótica e linguística. Passei cinco anos ministrando uma oficina de Arte de Rua e desenho e, dois anos com um atelier de Francês para a comunidade”.