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'8º Fórum Mundial da Água' vai ser discutido no Senado

publicado: 21/02/2018 20h05, última modificação: 21/02/2018 20h42
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Roberto Muniz, Paulo Sérgio Salles, Jorge Viana e Ricardo Medeiros de Andrade discutem preparativos para o 8º Fórum Mundial da Água - Foto: Geraldo Magela

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O Senado terá uma subcomissão temporária para tratar do 'Fórum Mundial da Água'. A oitava edição do evento acontece em Brasília, entre os dias 18 e 23 de março. O grupo funcionará no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e será instalado nesta quinta-feira (22), às 10h30, no plenário do Senado. O senador Jorge Viana será o presidente da subcomissão temporária. Ele recebeu o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, na noite dessa terça-feira (20) para tratar dos últimos preparativos do encontro. De acordo com Viana, Rollemberg, quando senador, esteve ao seu lado na luta para trazer o fórum para a cidade e está dando todo suporte para que “tenhamos o melhor fórum”. Ele explicou ainda que estão organizando a participação parlamentar no fórum, pois essa é uma parte muito importante.

"Estaremos lá fazendo um debate de qual lei aperfeiçoar ou criar para que se possa ter água como um direito a que todos têm que ter acesso", explicou. Rollemberg garantiu que a cidade está preparada para receber o evento e ressaltou que é uma grande oportunidade para o Brasil, para a América Latina e para a humanidade. "É uma oportunidade de reunir os maiores especialistas do tema do mundo, tanto do ponto de vista científico, quanto político e jurídico para que possamos encontrar caminhos comuns que possam garantir o compartilhamento da água de forma pacífica e que todos possam utilizá-la para o bem da qualidade de vida do próprio planeta e das populações que vivem nele", comentou.

Audiência pública

Logo após a instalação e eleição da subcomissão, haverá uma audiência pública com o objetivo de debater a escassez de água e as ameaças à estabilidade da ordem internacional, dentro dos preparativos para o '8º Fórum Mundial da Água'. Foram convidados o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e secretário executivo do '8º Fórum Mundial da Água', Ricardo Medeiros de Andrade, e o diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) e co-presidente do Comitê Internacional Organizador do Fórum, Paulo Sérgio Salles.

Em entrevista à Rádio Senado, os dois falaram sobre o evento que deverá ter a participação de cerca de 40 mil pessoas. Serão mais de 200 debates e sessões sobre diversos temas relacionados à água. Ricardo Andrade destacou a Vila Cidadã, que ocupará uma área de 10 mil metros quadrados e funcionará do dia 17 ao dia 23 de março de 2018, das 9h às 21h, no Estádio Nacional Mané Garrincha. A entrada será gratuita e os visitantes deverão se cadastrar no local ou previamente, no site do evento.

"Haverá agenda técnica e cultural na Vila Cidadã, teremos festival de cinema amador e profissional, arena para debates, espaço dedicado ao GDF onde o governo vai comunicar com a sociedade o que está fazendo, terá mercado de soluções na vila com mais de 60 experiências selecionadas entre em mais de mil propostas mostrando como o cidadão comum resolve seu problema de água, coisas de fácil replicação que serão compartilhadas durante sete dias", explicou. Paulo Salles apontou quais serão as principais questões tratadas no Fórum. "Vamos abordar vários aspectos relacionados com a água e os grandes temas certamente estarão presentes, a questão dos efeitos climáticos, como o clima afeta as questões relacionadas com a água; questões relacionadas com o desenvolvimento econômico; a questão dos ambientes urbanos; a importância da manutenção dos ecossistemas para que a gente tenha a circulação da água no ciclo hidrológico de uma maneira natural, e garantindo que a água seja distribuída naturalmente em todo o planeta.

O senador Roberto Muniz (PP-BA) é integrante da Comissão do Processo Político do Fórum, que fornece orientações sobre o programa político e promove a conexão entre autoridades oficiais em nível mundial. Ele lembrou que cada um de nós pode ser um fator de modificação e de transformação no uso da água para que esse bem esteja disponível para todos os brasileiros. "Precisamos ter uma ação pessoal de cada um. Água está no nosso dia a dia. Vimos São Paulo viver uma crise hídrica e superarem dois anos depois. Percebemos que através da educação ambiental o consumo caiu 15%, afirmou em entrevista à Rádio Senado.