Anézia Nunes
Especial para A União
Algumas pessoas têm a ideia de que brechó é um local de roupas acumuladas e velhas, pensam que o ambiente cheira mal e só tem coisas bem gastas. Essa ideia é errada. Atualmente, o conceito de brechós é como se fosse uma loja de roupas novas, com peças vintage e baratas. Na hora de comprar as peças, o consumidor precisa ter um olhar clínico e analisar bem cada peça disposta nas araras. Nos brechós, você pode montar look's e dar uma incrementada que pode fazer toda a diferença em sua combinação. Para não errar na hora da compra, é preciso ficar atento ao tecido, se tem alguma mancha de uso, se a costura está certinha e se o preço não é abusivo.
Thiago Luiz de Souza Brandão é coordenador-geral de um brechó solidário.Segundo ele, toda doação de roupas, pulseiras, calçados, objetos, entre outros produtos que consegue, tem como objetivo arrecadar renda que é encaminhada para dar apoio a duas comunidades na cidade de Santa Rita, Engenho Velho e Odilândia, em projetos de alfabetização e inclusão digital. Ele frisa que com uma parte da arrecadação é feita a manutenção do ambiente para receber a comunidade.
Tem vários cursos como massagem, maquiagem, alimentação saudável, entre outros, tudo isso patrocinado com a ajuda do brechó solidário, procurando dar o melhor para a comunidade. O brechó solidário fica localizado na Feira de Holambra, no Ponto Cem Réis, em João pessoa,que acontece duas vezes no ano. O local fixo do brechó é no Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, próximo à água mineral, na comunidade rural de Mumbaba, em Santa Rita. “Os preços, como todos os brechós, são mais baratos, dependendo da peça, da qualidade, da marca e do estado de conservação. As peças variam de R$1,00 a R$10,00 e assim por diante. Analisamos a situação do material que arrecadamos e é feita uma lavagem, triagem, e só trazemos para a venda o que realmente dá para ser convertido em benefício para a comunidade, e aquilo que não serve para nós fazemos doações”, explica Thiago Luiz.
Ele acrescenta que a época de preconceitos acabou e as pessoas vêm frequentando e procurando mais o brechó, fazendo do que era preconceito virar estilo e renda. “Têm pessoas que chegam e perguntam se tem novidades e, quando chega novidade, no mesmo dia vendemos. Desde que começamos o brechó, há cerca de três anos, temos clientes certos que frequentam com assiduidade. Não existe esse preconceito por ser roupa já usada, porém recebemos muitas roupas ainda com etiquetas, novas. As pessoas que doam sabem que é para uma boa ação, não tem restrição”, afirma Thiago. Como todo brechó, as peças de roupas são variadas, porém o que mais sai no brechó solidário são as roupas jeans e as blusas, sempre de acordo com o que o cliente vai em busca.