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Cientistas descobrem que pernilongo da cidade pode transmitir o vírus da zika

publicado: 10/08/2017 00h05, última modificação: 10/08/2017 08h28
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A saliva expelida pelo mosquito do gênero Culex revelou a presença de partículas do vírus da zika - Foto: Flickr

tags: pesquisa , zika , pernilongo , transmissão , fiocruz

 

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco, conseguiram sequenciar o genoma do zika vírus coletado de mosquitos. Com esses dados, os pesquisadores descobriram que o zika alcança as glândulas salivares do animal. Assim, o pernilongo pode transmitir o zika.

O estudo foi publicado na última quarta-feira (9) na revista Emerging microbes & infections, do grupo Nature. Também foi comprovada a presença de partículas do vírus na saliva expelida do mosquito do gênero Culex, coletadas pelos cientistas.

De acordo com a Fiocruz, o artigo aponta a possibilidade de transmissão do vírus por meio do pernilongo na cidade. Agora, o instituto pretende aprofundar as pesquisas sobre a relevância dessa espécie de mosquito como transmissor do zika.

O genoma do zika já havia sido sequenciado no ano passado pelo Departamento de Virologia e Terapia Experimental da Fiocruz Pernambuco, em parceria com pesquisadores da Universidade de Glasgow, mas na ocasião foi usada uma amostra humana.

Esse sequenciamento é uma espécie de mapa de cada gene que forma o DNA do vírus. Agora, pela primeira vez no mundo, o mapeamento é feito a partir do mosquito.