Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco, conseguiram sequenciar o genoma do zika vírus coletado de mosquitos. Com esses dados, os pesquisadores descobriram que o zika alcança as glândulas salivares do animal. Assim, o pernilongo pode transmitir o zika.
O estudo foi publicado na última quarta-feira (9) na revista Emerging microbes & infections, do grupo Nature. Também foi comprovada a presença de partículas do vírus na saliva expelida do mosquito do gênero Culex, coletadas pelos cientistas.
De acordo com a Fiocruz, o artigo aponta a possibilidade de transmissão do vírus por meio do pernilongo na cidade. Agora, o instituto pretende aprofundar as pesquisas sobre a relevância dessa espécie de mosquito como transmissor do zika.
O genoma do zika já havia sido sequenciado no ano passado pelo Departamento de Virologia e Terapia Experimental da Fiocruz Pernambuco, em parceria com pesquisadores da Universidade de Glasgow, mas na ocasião foi usada uma amostra humana.
Esse sequenciamento é uma espécie de mapa de cada gene que forma o DNA do vírus. Agora, pela primeira vez no mundo, o mapeamento é feito a partir do mosquito.