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Cientistas recriam som assustador que não era ouvido há 66 milhões de anos

publicado: 16/12/2017 21h26, última modificação: 16/12/2017 21h26
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Tyrannosaurus Rex, vulgarmente conhecido como T-Rex - Foto: Swordlord3d/Deviant Art

tags: dinossauros , paleontologia , ciência , tiranossauro rex , som


Do ZAP

Naturalistas britânicos recriaram o raro rugido de um dinossauro T-Rex, qualificado como “o som mais assustador” que já ouviram. O naturalista britânico Chris Packham e a professora de Paleontologia de Vertebrados da Universidade de Texas, nos Estados Unidos, Julia Clarke recriaram o som feito pelo dinossauro mais assustador, o Tyrannosaurus Rex, vulgarmente conhecido como T-Rex, para um novo documentário da BBC, conforme informa o The Telegraph. Escute o som aqui.

Na sua condição de répteis e antepassados de aves, “os dinossauros emitiam sons que não se parecem com os dos mamíferos que conhecemos hoje”, concluem os cientistas. “Os ruídos mais assustadores de hoje no mundo selvagem provêm de predadores, como o uivo de um lobo, ou o rugido de um tigre, mas os especialistas agora duvidam que o T-Rex soasse como eles”, assegura Packham.

Para encontrar o som exato do temível dinossauro carnívoro, Packham e Clarke partiram do som de um Botaurus stellaris, uma ave que habita a Eurásia, e misturaram com o som de um crocodilo chinês. Depois disso, o som foi amplificado até corresponder ao tamanho da grande criatura, obtendo um som estrondoso e sinistro. “Ainda que todos imaginemos o T-Rex rugindo de uma forma estrondosa, o dinossauro emitia uns sons muito distintos dada à sua estreita relação com aves e répteis”.

Assim, a frequência dos seus rugidos era tão profunda que podia ser sentida, em vez de serem escutados. Acredita-se ainda que os dinossauros nem precisavam abrir a boca para produzir sons, como as aves e os répteis. “Esta pode ser a primeira vez, desde 66 milhões de anos atrás, que se ouve este som na Terra. É um tiro no escuro, mas estamos usando as provas que temos. Acho que este é o som mais assustador alguma vez ‘sentido’”, conclui Packham.