por José Alves*
Gerentes de vendas do comércio varejista de João Pessoa estão comemorando as vendas realizadas na semana que antecedeu o Natal. Para eles, as vendas foram além das expectativas principalmente no segmento de vestuário e calçados. Para esta última semana do ano, a proposta do comércio é vender todos os produtos que ficaram nas lojas através do já tradicional “saldão da virada”. Também conhecido como liquidação do Natal.
Para o gerente de vendas de loja do Centro da capital, Roberto Firmino, as vendas de Natal surpreenderam. “Tanto os lojistas como os consumidores ficaram satisfeitos com as compras. Nós fizemos ofertas que valeram a pena e o consumidor, confiante na vacinação contra a covid-19, saiu de casa sem medo de ir às compras, coisa que não aconteceu no ano passado”, lembrou o gerente.
Para os comerciantes, as expectativas de vendas para a última semana do ano também são as melhores possíveis porque muita gente aproveita o período que é de ofertas de estoque dos produtos que não foram vendidos no Natal. Para o gerente João Evangelista, “as vendas neste período são significativas porque a maioria das pessoas continua aproveitando o décimo terceiro salário para fazer compras”.
Segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de João Pessoa, Nivaldo Vilar, a instituição ainda não tem os números referentes à semana que antecedeu o Natal. Ele garantiu que esse balanço será divulgado no mês de janeiro, mas acredita que foi bem superior ao ano de 2020. Sobre as vendas pela internet, ele revelou que elas foram 18% superiores ao ano passado.
“Os produtos mais procurados durante o Natal foram vestuário, sapatos, celulares e eletroeletrônicos”, revelou Nivaldo Vilar, enfatizando que o segmento que mais lucra na última semana do ano é o da área de alimentação e bebidas, ou seja, bares e restaurantes.
Empregos temporários
No que diz respeito ao número de empregos temporários em João Pessoa, o presidente da CDL-JP afirmou que a previsão para o período é de que fossem abertas 1.800 vagas. Pesquisas apontam que aproximadamente 12% dos profissionais que buscaram os empregos temporários deverão ser efetivados. Mas esse número só vai ser divulgado no mês de janeiro. Ainda segundo Nivaldo, as contratações tiveram início no mês de agosto e se intensificaram até o início deste mês.
O maior número de vagas neste período foi disponibilizado para os cargos de vendedor, operadores de caixa e embaladores, mais voltadas para atividades no comércio calçadista, de vestuário e supermercados. Os salários oferecidos oscilaram entre R$ 1,3 mil e R$ 1,5 mil.
Troca de produtos
No fim de ano é comum as lojas ficarem lotadas de pessoas que desejam trocar ou fazer alguma reclamação dos presentes. De acordo com informações da Autarquia de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PB), os consumidores devem ficar atentos no momento da compra e procurar saber qual a política de troca da loja.
Para a troca de produtos, cada loja tem sua política. Por exemplo, para troca de móveis e eletroeletrônicos, geralmente é dado um prazo de sete dias. Mas isso ocorre em pequena escala em lojas de móveis ou eletrônicos, e acontece mais em lojas de sapatos ou vestuário. Em algumas lojas, o prazo para troca de produtos é de apenas 72 horas após a compra. Outras, a exemplo de algumas lojas de calçados, o prazo para troca de uma compra é de 30 dias, desde que o consumidor apresente a nota fiscal da compra.
De acordo com o Procon-PB, a troca de produtos sem defeitos comprados em loja física não é obrigatória, mas se o estabelecimento decidir por essa prática deve informar ao consumidor no momento da compra. Quando o problema for por tamanho que não ficou adequado, cor ou modelo que não agradou, o fornecedor só é obrigado a efetuar a troca do produto se tiver se comprometido no momento da compra.
As condições para fazer a troca (prazo, local, dias e horários específicos) devem estar na etiqueta do produto, na nota fiscal ou em um cartaz na loja. Para ter seus direitos resguardados na hora da troca, o consumidor deve guardar a nota fiscal ou recibo de compra, termo de garantia e a etiqueta no produto.
O Procon-PB recomenda que antes de fazer qualquer compra, o cliente deve perguntar sobre a política de troca do estabelecimento. Normalmente, as lojas oferecem a opção de troca, mas é importante esclarecer que se trata de uma mera cortesia, gentileza do estabelecimento, política do bom relacionamento entre comércio e consumidor para agradar o cliente e tentar nova venda.
Caso a compra seja efetivada pela internet, o cliente tem sete dias, a partir da data de entrega, para devolver o item por não ter gostado, por não ter sido como estava na foto ou por não servir. A devolução ou troca não pode ter custo para o consumidor, o dinheiro deve ser devolvido e não pode ser em forma de vale-compras.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 28 de dezembro de 2021