Nove alunos do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) foram classificados para a final global do ICT Competition Huawei (2023-2024), que vai acontecer de 23 a 26 de maio em Shenzhen, na China. Na etapa da América Latina, o IFPB foi campeão (2023-2024) na trilha network e na trilha computing, ficando em terceiro lugar na trilha Cloud. Este ano, a competição contou com a participação de 120 mil estudantes de todo o mundo, representando mais de duas mil instituições de ensino superior.
O evento é dividido em três principais categorias de competição: Prática, Inovação e Indústria. A competição prática testa os conhecimentos teóricos e habilidades práticas dos estudantes em TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), enquanto a competição de inovação foca na aplicação de tecnologias como Inteligência Artificial (IA), big data e cloud para resolver problemas reais com soluções que gerem valor social e empresarial. As competições se dividem em três trilhas: Cloud, Network e Computing mas também na categoria innovation. O IFPB é tricampeão na trilha Coud, nas edições (2018-2019), (2020-2021), (2021-2022). Na edição (2023-2024), a equipe é composta pelos estudantes Pedro Sousa, Vinicius Silva e Abraão Borges, contando com a coordenação do professor de Engenharia Elétrica e Telecomunicações do IFPB, Michel Dias. Já na trilha Network os estudantes Wesley Porto, Márcio Abrantes e José Galvão são orientados pelo professor Marcelo Portela. Na equipe innovation, os alunos Emerson Medeiros, Gabriel de Lima e Manoel Victor Lira são orientados pelo tutor Filipe Lucena. O primeiro lugar receberá US$ 1 mil, o segundo lugar US$ 800 e o terceiro lugar, US$ 600.
O IFPB é conhecido por formar profissionais qualificados, que se distribuem nos 21 campis da Paraíba. Para potencializar e capacitar ainda mais esses talentos, o Instituto criou um campeonato interno para selecionar as equipes que iriam participar do ICT Competition Huawei. “Os alunos que participaram do campeonato interno fizeram vários cursos e treinamentos para aprimorar seus conhecimentos. Depois disso, fizemos uma seleção para definir quem iria participar do ICT Competition Huawei”, detalhou o professor Michel Dias.
Natural de Pedra Branca, o aluno do IFPB, Pedro Henrique Sousa, está no quarto semestre do curso Sistemas para Internet, campis João Pessoa. No instituto federal desde o ensino médio, Pedro reconhece a importância da Instituição, proporcionando oportunidades em sua formação profissional. “Eu tenho muito orgulho de dizer isso que sou um representante do Brasil e da américa latina em uma competição internacional na área de tecnologia. Eu não posso deixar de lado a discussão de oportunidades aos estudantes da rede pública de ensino, pois temos muita capacidade. O IFPB me apoia desde o início, tenho excelentes professores e me sinto extremamente acolhido. Hoje me sinto muito preparado para o mercado de trabalho”.
Para o professor do IFPB e tutor da trilha Cloud, Michel Dias, o IFPB é uma ferramenta de transformação social através da Educação. “Mais de 60% dos nossos alunos tem renda média per capita, menor que um salário mínimo. A gente proporciona a estes alunos uma formação de excelência, acolhimento e apoio da equipe pedagógica do IFPB. Basta observar os resultados, o ICT Competition Huawei é a materialização do potencial dos nossos alunos”
É a primeira vez que o IFPB concorre na modalidade Innovation. Esta modalidade visa analisar projetos/startups que tenham projetos inovadores e de grande impacto para sociedade, principalmente que contribuam de forma efetiva para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030, instituídos pela ONU. O professor de Engenharia Elétrica e tutor da modalidade innovation, Filipe Lucena, explica que o projeto campeão latinamericano tem o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de habilidades solicitadas pela economia 4.0 nas escolas. “uma startup de impacto chamada mandacaru tech distribui máquinas de controle numérico computadorizado a baixo custo nas escolas, auxiliando docentes no ensino e aprendizagem de novas habilidade por meio de inteligência artificial e internet das coisas. De forma simples, é possível ensinar várias habilidades, como programação, manufatura subtrativa, eletrônica, robótica e outras coisas”, explicou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 13 de abril de 2024.