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Indústria registra crescimento de 1,5% em 8 meses

publicado: 04/10/2017 00h05, última modificação: 04/10/2017 07h40
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Queda de julho para agosto no setor industrial interrompe quatro meses consecutivos de expansão na produção - Foto: Arquivo/EBC

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Nielmar de Oliveira

Repórter da Agência Brasil

A produção industrial brasileira encerrou o mês de agosto com queda de 0,8%, frente a julho, na série com ajuste sazonal, mas fechou os primeiros oito meses do ano (janeiro-agosto) com crescimento de 1,5%. A queda de julho para agosto frente ao mês imediatamente anterior interrompe quatro meses consecutivos de expansão na produção, período em que a indústria acumulou crescimento de 3,3%.

Os dados relativos à Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que na série sem ajuste sazonal, confronto com igual mês do ano anterior, a indústria cresceu 4% em agosto deste ano, após também registrar taxas positivas em maio (4,5%), junho (0,9%) e julho (2,9%).
A taxa acumulada nos últimos 12 meses, no entanto, contínua negativa e fechou agosto em -0,1%, prosseguindo com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016, quando o setor fechou com queda de -9,7%.

Alimentos

A queda de 0,8% na produção industrial do país de julho para agosto deste ano teve como principal contribuição o setor de produtos alimentícios que chegou a retrair 5,5% e , depois de três meses consecutivos de crescimento, foi o que mais contribuiu para a queda do índice, seguido por máquinas e equipamentos (3,8%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,6%) e indústrias extrativas (1,1%).

A produção de açúcar foi determinante para a retração do setor alimentício em agosto, como explicou o gerente da pesquisa, André Macedo. Para ele, o produto foi determinante tanto para as altas para as altas registradas anteriormente na indústria de alimentos quanto para a queda de agosto.

“O açúcar é um produto com peso nesse setor. Sua produção foi favorecida pela antecipação da moagem da cana, em decorrência do clima seco que predominou nas regiões Centro-Oeste e Sudeste nos últimos meses”.