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Dominguinhos: dez anos da morte

publicado: 24/07/2023 09h08, última modificação: 24/07/2023 09h08
Exímio sanfoneiro, pernambucano teve em sua formação musical influências do baião, da bossa-nova, do choro e do jazz
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Dominguinhos se interessava por música desde menino e teve uma carreira de sucessos e consagração - Foto: Agência Brasil

Vinte e três de julho, é o dia que marca os dez anos da morte do instrumentista e cantor Dominguinhos. Um dos principais nomes da música nordestina – e brasileira –, o pernambucano José Domingos de Morais, o Dominguinhos, nasceu em Garanhuns, em 12 de fevereiro de 1941, e morreu aos 71 anos, na capital paulista, no ano de 2013.

Exímio sanfoneiro, ele teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Em sua formação musical, recebeu influências do baião, da bossa-nova, do choro, do forró, do xote e do jazz. Dominguinhos era oriundo de uma família pobre e numerosa; eram ao todo dezesseis irmãos. O pai, Mestre Chicão, era um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas e sua mãe era conhecida como Dona Mariinha, ambos alagoanos.

Desde menino José Domingos já se interessava por música, por influência do pai, que lhe deu de presente uma sanfona de oito baixos. Aos seis anos de idade aprendeu a tocar o instrumento e começou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum dinheiro, junto com dois de seus irmãos, Moraes e Valdomiro, formando o trio Os Três Pinguins. No início da formação, tocava triângulo e pandeiro, passando depois a tocar sanfona. Praticava o instrumento por horas a fio e tornou-se um exímio sanfoneiro, passando a ser conhecido em Garanhuns como “Neném do Acordeon”.

Conheceu Luiz Gonzaga quando tocava no hotel em que o Rei do Baião estava hospedado, em Garanhuns. O nome do hotel era Tavares Correia e o trio, que sempre tocava na porta, foi convidado naquele dia a tocar dentro do hotel para Gonzaga e seus acompanhantes. Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio de Janeiro, onde morava. Essa viagem aconteceria anos mais tarde, pois algum tempo depois desse encontro, em 1948, “Neném do Acordeon” foi antes para Recife estudar.

Após uma carreira de sucessos e consagração, Dominguinhos morreu em decorrência de um câncer de pulmão. Segundo a Wikipédia – Enciclopédia Livre, devido a uma disputa judicial entre seus familiares, o corpo de Dominguinhos teve dois sepultamentos. O primeiro foi no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana de Recife, no dia 25 de julho de 2013. Dois meses depois, em 26 de setembro, seu corpo foi transferido para Garanhuns, onde houve um novo sepultamento no mesmo dia, no Cemitério São Miguel. O desejo de Dominguinhos seria ser sepultado em sua terra natal.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 22 de julho de 2023.