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Fiocruz confirma presença do vírus zika em amostras de saliva e urina

publicado: 06/02/2016 11h07, última modificação: 06/02/2016 11h07
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Presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, afirmou que descoberta muda o patamar da pesquisa sobre o vírus - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nessa sexta-feira (5) que constatou a presença do vírus zika, com potencial de provocar infecção, em amostras de saliva e de urina. Segundo a entidade, agora, essas novas formas de transmissão serão mais estudadas.

"Essa comprovação tem um significado muito grande porque, até então, todas as evidências não significavam capacidade de infecção, muda o patamar e a forma que fazemos a pesquisa", disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Em entrevista à imprensa, a Fiocruz disse que a evidência de transmissão pelas excreções "sugere a necessidade de investigar a relevância de transmissão via oral".

Até então, a única via de transmissão do vírus, confirmada por autoridades sanitárias, é pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Ministério da Saúde refuta contágio por beijo

Ainda ontem, o Ministério da Saúde informou que a detecção do zika em amostras de saliva de pacientes não é suficiente para afirmar que a presença do vírus nesse tipo de fluido pode infectar outras pessoas. "Serão necessários outros estudos". A informação foi divulgada pela pasta por meio das redes sociais.

A recomendação do governo é que, neste momento, sejam tomadas atitudes de cautela e prevenção. "É importante seguir as orientações conhecidas para outras doenças, como evitar compartilhar objetos de uso pessoal [escova de dentes e copos, por exemplo] e lavar as mãos". Grávidas, segundo a pasta, devem tomar especial cuidado.

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