Rachel Almeida
Especial para A União
Considerado o maior patrimônio histórico da Paraíba, a Fortaleza de Santa Catarina, localizada no município de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, recebe mensalmente cerca de 3 mil pessoas, entre turistas e paraibanos. O conjunto arquitetônico também está entre os bens que integram a Lista Indicativa Brasileira a Patrimônio Mundial da Unesco, junto a 19 bens imóveis que integram o Conjunto de Fortificações, situados em dez estados brasileiros.
De acordo com o presidente da Fundação Fortaleza de Santa Catarina, Osvaldo da Costa Carvalho, nos próximos dias 16 e 17 será realizada uma reunião com especialistas da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para discutir a forma de gestão do equipamento turístico.
Atualmente existem diversos grupos que atuam na Fortaleza de Santa Catarina e trabalham em total apoio à valorização da cultura local. Dentre eles estão a Associação Cultural de Cabedelo; o Grupo Cultural Tamborete Forte; uma escola; grupo de capoeira; e o Projeto Prima, do governo do estado, que atuou temporariamente no local. E, ainda, a Associação dos Artesãos de Cabedelo; o Bazar de Artesanato; e a Sociedade de Escritores e Poetas de Cabedelo. Segundo informa Osvaldo da Costa Carvalho, a entrada para visitar a Fortaleza de Santa Catarina custa R$ 2,00.
Conhecida como Fortaleza de Santa Catarina, ou como era registrada nos dados oficiais como Forte de Cabedelo, o monumento teve esse nome em homenagem a Dona Catarina de Bragança de Portugal, filha de Dom Manuel I e da Duquesa de Bragança. “É uma construção do século 16. Ela é de 1589. Existem várias teorias sobre quando foi concluída a construção, mas se concluiu em torno de 1589”, explicou Osvaldo Carvalho.
A Fortaleza de Santana Catarina foi construída no governo de Frutuoso Barbosa, inicialmente em taipa, área solta e num formato de um polígono irregular, formado por dois baluartes, dois meio baluartes e dois revelins do sul, segundo esclarece o presidente do forte.
Em 1592, a Fortaleza de Santa Catarina teve que ser reconstruída, pois foi destruída pelos índios potiguaras no ano anterior. Em 1597, a construção foi atacada novamente pelos franceses, que vieram em 13 navios e queriam tomar o equipamento. No momento, haviam 350 homens com um grupo de 20 soldados, um capitão e cinco canhões. Mas a guarda local conseguiu despistá-los e os franceses partiram sem notar que a fortaleza estava totalmente desguarnecida. Mesmo com dois ataques quase fatais, no ano de 1987, a fortaleza foi resgatada e restaurada, a pedido das universidades e de alguns órgãos do estado. Hoje, a Associação Artístico Cultural de Cabedelo (ATC), começou a tomar conta da fortaleza para guarnecê-la e valorizá-la.
“Criamos atividades culturais, chamando atenção para que não houvesse a depredação da fortaleza e para que ela continuasse até hoje”, finalizou.