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Governo celebra Dia da Consciência Negra com feira intercultural em João Pessoa

publicado: 21/11/2018 19h42, última modificação: 21/11/2018 19h42
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Serviços de saúde, apresentações culturais e rodas de diálogos movimentaram o espaço, durante todo o dia - Foto: Alberto Machado/Divulgação

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O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH), celebrou o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, com uma feira de serviços no Centro de João Pessoa. O evento contou com outras secretarias estaduais e representantes dos movimentos sociais, entre eles o Ateliê Multicultural Elioenai Gomes.

A Feira, que também integra a programação do Novembro Negro, levou para o Ponto de Cem Réis o artesanato dos empreendimentos da economia solidária do Centro Público Eco Paraíba e articulou a participação do quilombo Os Rufinos, da cidade de Pombal, com a Feira Quilombola. Serviços de saúde, espaços para denúncia, distribuição de materiais educativos, apresentações culturais, rodas de diálogos, capoeira e exposições artísticas movimentaram o espaço, durante todo o dia.

A secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Gilvaneide Nunes, enfatizou que “o evento foi um dia diferenciado e deu visibilidade ao povo negro e aos movimentos sociais, que se soma às ações e serviços da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano, no sentido de fortalecer a população e enfrentar o racismo”.

A escolha do Ponto de Cem Réis tem um significado. “Nós temos um roteiro negro nessa história que é a cidade de João Pessoa. A terceira cidade mais antiga do pais. Sabemos que todos esses prédios barrocos, os paralelepípedos lapidados foram feitos por mãos escravas e essas mãos escravas é o povo negro”, lembra o artista plástico Elioenai Gomes.

Sobre a ampliação do evento, o fundador do Ateliê Multicultural Elioenai Gomes ainda destaca: “Nós nos sentimos acolhidos nesses tempos sombrios, recebemos o suporte das parcerias que hoje dividem o espaço conosco. Somar com a Secretaria de Desenvolvimento Humano, com o Ministério Público, com outros movimentos sociais é gratificante. Cada tenda dessas são pessoa e eu abraço e me alegro com a estratégia e a visão sagaz desses parceiros ao desejarem somar”, completa.

A programação foi encerrada com um desfile de Mulheres Negras intitulado: Minha cor é resistência, seguido da apresentação do Auto dos Orixás, do Ateliê Multicultural Elionai Gomes. O espetáculo deste ano trouxe o tema “Celebrando o amor entre os seres”.

O dia 20 de novembro ficou marcado como Dia da Consciência Negra, já no início da década de 1970 com Oliveira Silveira, poeta e pesquisador gaúcho, do Grupo Palmares. A data, que já havia sido abraçada por todo o Movimento Negro, foi instituída em âmbito nacional, com a lei nº 12.519, de 2011 e lembra a morte do líder negro Zumbi dos Palmares. É um dia simbólico dedicado à sensibilização, politização e combate ao racismo e a exclusão ainda sofrida pelo negro na sociedade brasileira.