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doenças intestinais inflamatórias

Huac-UFCG oferece tratamento

publicado: 16/05/2024 09h43, última modificação: 16/05/2024 09h43
Todo trabalho é especializado e oportunizado de forma gratuita por meio do Sistema Único de Saúde
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Sintomas mais comuns que alertam sobre a necessidade de investigação são diarréia prolongada, fezes com sangue e muco | Foto: Divulgação/UFPB

Muitas são as enfermidades que impactam a qualidade de vida dos indivíduos, entre elas as doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Para reforçar a importância do tema, foi criada a Campanha Maio Roxo e instituída uma data no mês (19) para celebrar o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais. O Hospital Universitário Alcides Carneiro (Huac-UFCG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), oferece tratamento especializado na área e oportuniza de forma gratuita uma assistência de qualidade para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

As principais DIIs são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn, doenças inflamatórias crônicas que acarretam dor abdominal e diarreia, que pode ter a presença de sangue, muco ou pus. O nível de inflamação pode ser mais ou menos grave. São doenças que não têm cura até o momento, mas têm controle clínico.

Entre os sintomas da diarreia crônica, podem estar emagrecimento, diminuição do apetite, fraqueza, desidratação e dor abdominal frequente. Caso não seja feito controle, as DIIs trazem transtornos na vida social e na vida profissional, levando à diminuição do convívio social e faltas no trabalho. Por conta da dor abdominal, pode ficar dependente de medicamentos analgésicos e até mesmo de medicamentos opioides.

“As doenças inflamatórias intestinais devem ser corretamente diagnosticadas e tratadas de imediato, evitando assim complicações que podem levar a algum procedimento cirúrgico. Os principais sintomas que alertam sobre a necessidade de investigação são diarreia prolongada, fezes com sangue e muco, perda ponderal e dor abdominal”, ressalta o médico coloproctologista do Huac, David Morano.

A doença de Crohn pode acometer desde a boca até o ânus, e a retocolite ulcerativa é uma doença restrita ao cólon e reto. A prevalência dessas doenças no Brasil é de cerca de 100 casos para cada 100 mil habitantes. Não existe uma causa específica, mas os fatores de risco que influenciam a manifestação das doenças são genética (herança de genes que torna uma pessoa mais propensa a desenvolver a doença); reação anormal do sistema imunológico a bactérias do intestino; fatores ambientais (vírus, bactérias, dieta, tabagismo, estresse e alguns medicamentos); vivência em área urbana (maior prevalência em países mais desenvolvidos); e idade (pode surgir em qualquer idade, sendo mais provável entre os 10 e os 40 anos).

Remédios aumentam qualidade de vida

Tanto diagnóstico quanto tratamento dessas doenças têm avançado muito nas últimas duas décadas. Surgiram medicamentos e técnicas que promovem, por exemplo, a cicatrização do intestino e, com isso, uma prevenção de complicações, como hemorragia, perfuração intestinal, complicações infecciosas, fístulas, abscessos abdominais, condições que provocam muitas vezes internação hospitalar prolongada e aumento da morbimortalidade.

Embora as DIIs não tenham cura, as medicações disponíveis permitem que as pessoas consigam ter uma boa qualidade de vida. Entretanto, é necessário seguir alguns cuidados, como uma alimentação saudável, acompanhamento médico adequado, evitar o uso do cigarro, entre outros.

As campanhas, a exemplo do Maio Roxo, chamam a atenção da sociedade para o acolhimento desses pacientes, levando informações seguras e atualizadas importantes para os acometidos pelas doenças. O trabalho das equipes multidisciplinares de saúde contribui com a confiança e o estímulo da melhora do quadro.

Atendimentos

Segundo a chefe da Unidade de Ambulatório do Huac-UFCG, Iolanda Guedes, “60 pacientes mensalmente no ambulatório da unidade hospitalar são atendidos para tratar doenças inflamatórias intestinais”.

Para ser atendido no Huac, os pacientes de Campina Grande são regulados por meio do SisReg (Sistema Nacional de Regulação) do município. Pacientes de outros municípios devem se dirigir à Secretaria da Saúde da sua cidade para que esta faça a solicitação de atendimento, por meio do SisReg, à Central de Regulação de Campina Grande. Antes disso, o paciente precisa pedir encaminhamento prévio do médico da sua unidade de saúde.

Sobre a Ebserh

O Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande (HUAC-UFCG) faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 16 de maio de 2024.