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Diversificação do segmento é atrativo para empresários que buscam aliar a diversão dos games à geração de negócios

Mercado de jogos digitais demonstra crescimento na PB

publicado: 29/11/2021 09h17, última modificação: 29/11/2021 09h17
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Foto: Ortilo Antônio

tags: Mercado de jogos digitais , crescimento , paraíba

por Carol Cassoli*

Devido à sua contribuição para o desenvolvimento de diversos setores, o mercado de jogos digitais tem se destacado no cenário nacional. A projeção é que, no fim deste ano, o segmento tenha uma receita de aproximadamente R$12 bilhões, segundo relatório da empresa de pesquisas Newzoo. Na Paraíba, o mercado tem movimentado a economia através de diversos modelos de negócios e, apesar de a pandemia de Covid- 19 ter abalado amplamente o desenvolvimento de empresas, no Estado, esse nicho têm se recuperado rapidamente.

O mercado de jogos exclusivamente digitais (que não possuem cópias físicas) é responsável por colocar o Brasil na 12ª posição no comparativo de receitas geradas pelo segmento. Os dados são do levantamento Global Games Market Report, da Newzoo, e apontam que, na América Latina, o país tem a maior receita neste quesito. No panorama anual, a expectativa é que o mercado de jogos digitais brasileiro apresente um crescimento de 5,1% em sua receita ao final de 2021.

Acompanhando a tendência nacional, na Paraíba, o cenário é promissor. Segundo Lucas Soares, funcionário de uma sala de jogos virtuais em João Pessoa, o número de usuários deste nicho cresceu muito desde 2016 e, em virtude do isolamento social, necessário no último ano, ampliou-se ainda mais. Os dados da 8ª Pesquisa Game Brasil (PGB) apontam que, em todo o país, a pandemia fez com que os gamers, como gostam de ser chamados os jogadores on-line, jogassem mais. Durante o isolamento social, houve aumento de 78,8% na quantidade de partidas. Além disso, mais da metade do público gamer marcou mais jogatinas pela internet enquanto estava em casa.

Localizado em um shopping center da capital paraibana, o estabelecimento em que Lucas trabalha precisou fechar as portas quando o período mais complexo da pandemia chegou ao Estado. “O shopping fechou e a gente (loja) também. Foi bem triste”, lamenta. O atendente explica que o diferencial da sala de jogos é, justamente, a estrutura oferecida e, por isso, não foi possível prestar serviços remotos.

Mesmo assim, devido ao aumento do número de jogadores durante a quarentena, quando a sala reabriu, em setembro do ano passado, os clientes retornaram. “O mercado ainda não está estável, mas o processo de retorno foi muito orgânico. Estamos recebendo novos clientes e isso é um indicativo de que o mercado é promissor”, afirma.

Novas carreiras

Além de gerar o engajamento do público gamer, a expansão do mercado de jogos digitais influencia em diferentes setores e abre espaço para o surgimento de novas carreiras. É o caso do ramo da informática.

Aproveitando o desenvolvimento do setor que oferece capacitação para a elaboração de jogos, o paulista Fabio Barbará se mudou para João Pessoa para instalar, há alguns anos, uma escola infantil que hoje é referência no desenvolvimento tecnológico e inovação de crianças da capital, a Happy Code. “As pessoas ainda precisam entender que a tecnologia não é só um ambiente de consumo, mas também de produção. É isso que buscamos ensinar aqui”, observa. O empresário explica que a escola oferece três tipos de cursos (com duração de um ano cada) para crianças de 7 a 14 anos e, ao longo do processo, o foco é no desenvolvimento da linguagem de programação dos alunos.

Para Rodrigo Santos, diretor executivo da franquia de escolas de tecnologia, o ensino de tecnologia para crianças é fundamental para transformar o mundo através da criatividade e habilidade das crianças. “A nossa missão é transformar usando habilidades do século 21 e competências digitais de maneira divertida e criativa”, ressalta.

Com capacidade total para 100 crianças, a escola atuou, durante o ensino remoto decorrente da pandemia, com aproximadamente 30. Apesar disso, no entanto, desde sua reativação presencial, o número de alunos da escola tem aumentado a cada período.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 28 de novembro de 2021