Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
O mercado financeiro reduziu pela sétima semana seguida a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,67% para 3,63%, de acordo com o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC) sobre os principais indicadores econômicos. A projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação está em 4,20%, um pouco abaixo do centro da meta: 4,25%.
Para alcançar a meta, o banco usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,75% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
De acordo com a previsão das instituições financeiras, a Selic encerrará 2018 em 6,50% ao ano e subirá ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano. Para as instituições financeiras, o Copom deve reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual na reunião deste mês.
A estimativa do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país este ano, caiu pela segunda vez seguida, ao passar de 2,87% para 2,83%. Para 2019, a projeção segue em 3%.