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Ministro da Defesa diz que segurança nacional poderá se tornar "crítica"

publicado: 11/08/2017 00h05, última modificação: 11/08/2017 08h26
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Raul Jungmann afirma que o Governo precisa liberar novos recursos para a pasta - Foto: Flickr/Agência Brasil Fotografias

tags: ministério da defesa , segurança nacional , contingenciamento de recursos , governo temer

 

Karine Melo - Da Agência Brasil

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nessa quinta (10) que a situação da segurança nacional em setembro será “crítica” caso os recursos da área não sejam descontingenciados pelo governo. Jungmann lembrou que para agosto houve uma liberação emergencial de recursos e, por isso, a pasta da Defesa ainda não teve suas atividades afetadas. “Nas Forças Armadas tivemos liberação emergencial para cobrir o mês de agosto, mas o mês de setembro é crítico. Precisamos, de fato, que haja descondicionamento. A promessa da equipe econômica é resolver até setembro, se não chegarem novos recursos, teremos problemas”, adiantou.

Sobre a crise de segurança no Rio de Janeiro, o ministro disse que a situação no momento é de “entressafra”. “Não estamos parados. Muito pelo contrário, estamos fazendo operações de inteligência. Muito em breve, como sempre digo, teremos uma sucessão de novas ações.”

Jungmann disse que está em conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para que “no mais breve prazo possível o país tenha uma agenda legislativa que vise produzir ou aperfeiçoar leis para reduzir a criminalidade não só no Rio de Janeiro, mas também em todo Brasil”. Nesse sentido o ministro destacou, por exemplo, a necessidade de uma legislação que agrave as penas para quem for pego portando ou armazenando fuzis. “Um dos grandes problemas do Rio de Janeiro é a letalidade dos fuzis. Não é possível que o Rio continue convivendo com essa grande quantidade de armas e que o crime organizado disponha desse poder de fogo.”

Segundo o ministro há vários projetos em tramitação no Congresso a esse respeito. “Temos que apostar no melhor ou em substuitivo geral. Isso não resolve tudo, o que resolve é inteligência”, ressaltou. Outra medida que considera indispensável é a manutenção da Operação Rio de Paz até o último dia do governo Temer.

Perguntado sobre de que maneira o Congresso Nacional, que elegeu a segurança como uma das prioridades para o segundo semestre, poderia contribuir para melhores resultados, o ministro disse que em dois campos: no orçamento e na harmonização de legislação de fronteiras.

Haiti

Raul Jungmann se reuniu com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia, para convidá-los a ir ao Haiti no dia 31, quando será encerrada a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). Comandada por 13 anos pelo Brasil, a missão teve a participação de 36 mil militares. “O Brasil teve um extraordinário sucesso, um reconhecimento mundial que deixa um Haiti estabilizado, democrático e, portanto, com sua missão cumprida”, concluiu, ressaltando que a ONU apresentou cerca de 10 novas solicitações para que o Brasil comande outras missões. A próxima deve ocorrer em 2019.