por Sara Gomes*
O ano começou com a presença intensa de turistas no estado, especialmente, no Litoral. Estima-se que no mês de janeiro, a média de ocupação hoteleira seja de 80% nas cidades banhadas pelo mar. Já no Réveillon, a média foi maior ainda, ficando em torno de 95%. A informação foi divulgada pela Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), baseada nos 200 estabelecimentos de hospedagem inscritos no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur).
Na avaliação da presidente da PBTur, Ruth Avelino, o fluxo de turistas no verão 2021/2022 está bem melhor se comparado a janeiro do ano passado e até antes da pandemia. “As pousadas, flats e hotéis estão lotados, apenas, a partir da terceira semana de janeiro é que deve começar a diminuir o fluxo, pois as pessoas estão retornando à rotina”, afirmou.
Em relação ao Carnaval, a presidente da PBTur considera precipitado estimar um percentual, porém, o público que escolhe a Paraíba para o feriado não vem em busca de folia. “Geralmente, as hospedagens ficam lotadas, pois quem escolhe João Pessoa como destino não vem em busca de festa. As vendas ainda não estão tão boas, mas ainda falta um mês e meio para o Carnaval. Muitas pessoas optam pelo interior também, como Bananeiras, Araruna e Cabaceiras”, avaliou.
Por fim, Ruth Avelino destacou a importância da vacinação no processo de retomada do turismo. “As pessoas se sentem mais seguras em viajar depois da vacinação. Além disso, a cadeia que movimenta o turismo é muito ampla como mercados, farmácias, postos de gasolina. Enfim, todo mundo ganhou com a retomada, pois movimenta a economia, gerando emprego e renda”, enfatizou.
A expectativa da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis da Paraíba (ABIH) é que nos meses de janeiro e fevereiro de 2022 é que seja 10% maior comparado ao mesmo período de 2019. Para o presidente do ABIH, Rodrigo Pinto, o grande desafio será durante o período de baixa estação, após o Carnaval. “Não sabemos ainda como vai ser as hospedagem no período de baixa estação pois ocorreram muitas mudanças na pandemia. O turismo de negócios era muito forte nesse período mas as reuniões passaram a ser on-line ou em modelos híbridos“, afirmou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 05 de janeiro de 2021