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Organização de mulheres negras premia professores que combatem racismo na PB

publicado: 20/07/2017 00h05, última modificação: 20/07/2017 08h07
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A entrega do "Título de Reconhecimento Iyé Dudu" será realizada nesta quinta pela Organização Bamidelê - Foto: Divulgação

tags: mulheres negras , combate ao racismo , escolas , paraíba , prêmio , bamidelê

 

A Bamidelê – Organização de Mulheres Negras na Paraíba realiza nesta quinta (20), às 15h, no Auditório Multimídia (Bloco C), do CCHLA, na UFPB, a entrega do “Título de Reconhecimento Iyé Dudu” a seis professores de escolas da rede pública da Paraíba. O prêmio é um reconhecimento à promoção nas escolas de uma educação antirracista e que contribua para a implementação da Lei 10.639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.

Entre os ganhadores estão os professores Maria Juscilene Nestor da Silva, da Escola Municipal de Ensino Infantil, Fundamental e EJA, Jaime Lacet, de Santa Rita, com o tema “Legado africano: nossa herança, nossa história” e Rogério Ferreira Gomes, da Escola Municipal Professora Ana Cristina Rolim Machado, de João Pessoa, que trabalhou a temática “Afro é belo: semana da consciência negra”

“A Lei 10.639 é um instrumento fundamental para o enfrentamento ao racismo e ela ainda possibilita visibilidade a profissionais comprometidos com uma educação antirracista”, afirma a coordenadora da Bamidelê, Terlúcia Silva.

Após a entrega da premiação, será realizada a mesa de diálogo “Experiências afro-pedagógicas e desafios para a efetivação da lei 10.639”, com a coordenadora da Bamidelê, Terlúcia Silva, a coordenadora do Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais da Paraíba Maria Quitéria, Marli Soares, e a artista e integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisa Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), da UFPB, Fernanda Ferreira. A Organização de Mulheres Negras da Paraíba desenvolveu o projeto “Iyé Dudu” nas escolas municipais e estaduais da Paraíba, que consiste na contação de histórias para os alunos que envolvam assuntos relacionados a população negra, como também contribui para a difusão da Lei 10.639. O projeto conta com a colaboração dos gestores escolares, professores e demais integrantes dos estabelecimentos escolares paraibanos. A entrega do título de reconhecimento é uma das atividades que integram o calendário de ações neste mês de julho, onde se celebra o dia 25 de Julho, “Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e de Teresa de Benguela no Brasil”.

Ainda nesta quinta, será realizada, às 18h30, no auditório multimídia, do Bloco C do CCHLA da UFPB, o debate intitulado “Feminismos negros: desafios permanentes”, com a professora Vânia Fonseca (UEPB e NEABI), a angolana e doutoranda Flora Telo (UFBA e NEIM), e a coordenadora da Cunhã – Coletivo Feminista, Joana D’arc da Silva.

No sábado, 22, às 15h, será celebrado um ano da Abayomi, uma nova organização de mulheres negras que foi formada na cidade. “Preciosa tarde preta”, é o nome da atividade, que tem como objetivo apresentar o coletivo e acolher novas integrantes, e será realizada na Escola OM de Yoga, nos Bancários.

Na próxima terça-feira será realizado o ato político “Mulheres negras resistem: contra o racismo, a violência e pela democracia”, no Parque Sólon de Lucena (Lagoa), a partir das 14h.
E finalizando a programação, no dia 29, às 14h, no auditório da Associação de Docentes da Paraíba (ADUF-PB), na UFPB, será realizada a roda de diálogo “Discutindo o feminismo negro e lésbico: construindo a visibilidade, dignidade e respeito”. Desde 1992, as mulheres negras celebram o 25 de julho.