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Países muçulmanos reconhecem Jerusalém como capital da Palestina

publicado: 14/12/2017 20h32, última modificação: 14/12/2017 20h32
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A OCI, formada por 57 países de maioria muçulmana, inclui desde sua fundação em 1969 a Palestina como membro pleno, com sua capital em Jerusalém - Foto: Nick Thompson/Flickr

tags: países muçulmanos , palestina , jerusalém , israel


Por Ciberia/EFE

Os países da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) acordaram na quarta-feira (13) reconhecer Jerusalém Oriental como a capital do Estado da Palestina e convidaram as outras nações a fazer o mesmo, em resposta à decisão dos Estados Unidos de declarar Jerusalém como a capital de Israel.

“Declaramos Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina e convidamos todos os países a reconhecer o Estado da Palestina com Jerusalém Oriental como sua capital ocupada”, indica a minuta da declaração preparada na quarta-feira em Istambul por esta organização, formada por 57 países de maioria muçulmana.

A OCI, formada por 57 países de maioria muçulmana, inclui desde sua fundação em 1969 a Palestina como membro pleno, com sua capital em Jerusalém. O documento, apresentado pelos “reis, chefes de estado e de governo dos estados membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI)”, mostra em 23 pontos a postura do mundo muçulmano perante a decisão norte-americana.

Nesse texto, a OCI “rejeita e condena nos mais fortes termos” o que chama de “decisão unilateral” de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, à qual se refere como “força de ocupação”. Os países muçulmanos qualificam o anúncio de Washington de nulo e carente de legalidade e o considera um ataque aos direitos do povo palestino e uma “deliberada deterioração de todos os esforços de paz”.

Além disso, o texto alerta que dará ímpeto aos movimentos extremistas e representa uma ameaça à paz e à segurança internacional. Segundo um comunicado publicado pela OCI, a declaração final pedirá também aos membros da organização que imponham “restrições políticas e econômicas aos estados, altos cargos, parlamentos, empresas e indivíduos que reconheçam a anexação israelense de Jerusalém ou colaborem com as medidas que a colonização israelense tenta perpetuar em territórios palestinos ocupados”.

O comunicado também considera o governo norte-americano “plenamente responsável por qualquer repercussão” da “decisão ilegal” de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, “que considera” uma clara deserção do governo norte-americano de seu papel como mediador de paz”. Além disso, a minuta da declaração pede a todos os membros da OCI que aumentem o apoio diplomático e sobretudo econômico à Palestina e a seus habitantes.