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Paraíba atualiza mapa geológico

publicado: 04/07/2024 09h38, última modificação: 04/07/2024 09h38
Trabalho será um acordo de cooperação para o presente e o futuro. Investimentos previstos são de R$ 1,5 milhão
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Reunião contou com a participação de representante da UFCG e dos Institutos Federais de Picuí e de Campina Grande | Foto: Divulgação/Secom-PB

O Governo da Paraíba, por meio da Diretoria de Recursos Minerais e Hidrogeologia (DRMH) da Secretaria da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos (Seirh), vai atualizar o Mapa Geológico da Paraíba e elaborar Folhas Cartográficas de quatro regiões do Estado. Para isso, será firmado um acordo de cooperação com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), do Ministério de Minas e Energia, que foi discutido entre os representantes dos órgãos, durante reunião que ocorreu na sede da DRMH, em Campina Grande.

O Mapa Geológico e as Folhas Cartográficas a serem geradas com o acordo de cooperação objetivam agregar valor ao conhecimento geológico, de modo a torná-lo indispensável ao desenvolvimento do setor mineral e à gestão territorial, bem como estimular o uso racional dos recursos minerais, em perfeita harmonia com o meio ambiente e com as necessidades da sociedade no presente e no futuro. Será investido nos estudos aproximadamente R$ 1,5 milhão.

A reunião contou também com a participação de representantes da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e dos Institutos Federais de Picuí e de Campina Grande, que serão parceiros nas pesquisas.

De acordo com o secretário da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, a riqueza mineral do  estado é inegável. “A atualização e coleta das amostra e análises, que indiquem em qual patamar a Paraíba se encontra, é extremamente importante para atrair mais investimentos na economia, com a finalidade de atender as demandas do empresário do setor mineral, industrial, no sentido de conhecer melhor essas nossas substâncias”, ressaltou Deusdete.

Objetivo é agregar valor ao conhecimento geológico, de modo a torná-lo indispensável ao setor mineral

Segundo o diretor da DRMH, Marcelo Falcão, além da atualização do Mapa Geológico da Paraíba, elaborado em 2002, que contém o estudo geoeconômico, com zoneamento do território e a mineração estadual, serão também elaboradas quatro folhas cartográficas. “As folhas serão mapeadas na escala ideal para informações de ocorrências minerais de interesse econômico dos municípios de Sumé, Monteiro, Patos e Piancó. Conforme levantamento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil, estes municípios têm potencial para produção de minerais considerados críticos (necessários), como cobre, níquel, ouro, cassiterita, grafita, fosfatos, manganês, lítio e terras raras. Acreditamos que vamos encontrar 17 elementos da tabela periódica que trazem no seu arcabouço uma riqueza e autossuficiência para o Brasil e a Paraíba”, explicou Marcelo.

O gerente de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência Regional do Serviço Geológico do Brasil (SGB), com sede em Recife, Felipe José da Cruz, disse que, “levando em conta que a Paraíba tem um rico potencial mineral, o órgão vai incentivar esses estudos e apontar as áreas com potencialidades, por meio da pesquisa, e essa parceria é importante para realizar o trabalho e desenvolver o setor mineral no estado”. O Serviço Geológico do Brasil é um órgão público vinculado ao Ministério de Minas e Energia, cuja missão é gerar e disseminar conhecimento geocientífico, contribuindo para melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento sustentável do Brasil.

O professor do curso de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Campina Grande, Guilherme dos Santos, considera a parceria do Governo do Estado muito importante para desenvolver o trabalho de pesquisa. Ele reconhece que a Paraíba tem um potencial muito grande na área mineral, embora haja a necessidade de mais pesquisa para identificação, visando entender o potencial do estado, que é produtor na região do Seridó, onde existe a província pegmatítica da Borborema; de rochas ornamentais, bentonita, minerais industriais e feldspatos, utilizados pela indústria de cerâmica. Segundo o professor, a expectativa é alinhar e desenvolver o trabalho, para apresentar resultados positivos nos próximos anos.

Daniel dos Santos Costa, coordenador do Curso Técnico de Mineração do IFPB de Campina Grande, considerou a parceria de suma importância, “pois o papel do curso, além de ser de formar profissionais, é de contribuir com a sociedade, e essa atualização do mapeamento vai poder proporcionar aos envolvidos os recursos minerais para atração de investidores. O IFPB vai estar inserido nisso enquanto instituição”.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 04 de julho de 2024.