A Paraíba vai sediar a próxima etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), em 2026, com apoio do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties). O estado foi anunciado durante o encerramento da edição do evento deste ano, em Vitória (ES), de 13 a 19 de outubro. A edição contou com a participação de mais de três mil competidores, incluindo equipes paraibanas de estudantes do programa Limite do Visível.
“Estamos muito felizes pela escolha da Paraíba como próxima sede da etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica. É um reconhecimento do trabalho feito no nosso estado para fortalecer a educação científica e tecnológica, aproximando nossos jovens da pesquisa e da inovação. Em 2026, queremos realizar, em João Pessoa, a melhor edição já promovida da OBR, valorizando nossos talentos e mostrando para o Brasil o quanto a Paraíba é um polo de criatividade, ciência e tecnologia”, afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Claudio Furtado.
Já o coordenador e representante estadual da OBR pela Secties, Fagner Ribeiro, ressaltou o significado da conquista para o avanço da robótica na Paraíba. “É uma conquista que simboliza o amadurecimento da robótica na Paraíba. Ao longo dos anos, conseguimos consolidar uma rede de estudantes e professores que se destacam em todo o Brasil, e agora teremos a honra de receber esse grande evento em nosso estado. Vamos fazer uma edição que valorize ainda mais o potencial dos nossos jovens e incentive novas escolas a participarem”, comentou.
Durante a edição deste ano, a equipe paraibana de estudantes do Ensino Superior, contou com 12 estudantes e dois professores do programa Limite do Visível, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Eles participaram de duas frentes principais: a Competição Brasileira de Robótica (CBR), na categoria Challenge, e a Mostra Nacional de Robótica (MNR).
Na mostra, os projetos apresentados pelos estudantes paraibanos receberam menções honrosas pela relevância educacional e pela aplicação social das propostas. Um dos projetos premiados desenvolveu iniciativas voltadas à inclusão tecnológica e ensino de robótica na educação básica, com foco em escolas públicas, reforçando o compromisso do grupo com o impacto social da ciência. Já o segundo é um robô programado e montado integrando sensores e uma bomba d’água para simular o combate a incêndios. O robô funciona de forma totalmente autônoma, desloca-se pelo ambiente utilizando três sensores frontais que detectam a presença de fogo.
Maria Luiza Camilo, estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Limite do Visível, é integrante da equipe que realizou o projeto para combater incêndios. Ela contou sobre a emoção de ser reconhecida pelo trabalho de meses. “Foi incrível receber essa menção honrosa, porque a gente trabalhou muito para estar aqui. Foram meses de preparação para essa apresentação e para o desenvolvimento do robô. Estou muito feliz e só posso agradecer ao Governo da Paraíba e ao projeto Limite do Visível, que possibilitaram essa oportunidade para a gente mostrar nosso trabalho”, contou a estudante.
Já na categoria Challenge, da CBR, a equipe competiu com um robô coletor de resíduos, projetado para identificar e separar diferentes tipos de lixo dentro de uma arena.
Para o professor Heronides Laurentino, do curso de ADS do Limite do Visível, a experiência na competição reforça a importância do aprendizado prático. “Toda experiência que a gente tem, em qualquer competição que participamos, é muito gratificante. Este ano, não foi diferente: fomos bem representados com conquistas importantes. Ver essa evolução dos nossos alunos ao longo dos anos é motivo de muito orgulho. Eles estão trilhando um caminho de sucesso, aplicando em sala de aula o que vivenciam aqui. A robótica é um espaço que permite transformar toda essa teoria em prática”, destacou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 21 de Outubro de 2025.