Andreia Verdélio - Da Agência Brasil
A Polícia Civil da Paraíba, por meio de um trabalho investigativo realizado pela equipe da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), prendeu em flagrante, na tarde dessa segunda-feira (12), Maria Eduarda da Cruz Macedo, 18 anos, suspeita de fraudar certificados de conclusão do ensino médio da Escola Estadual Débora Duarte, localizada no bairro Funcionários II, em João Pessoa. A prisão ocorreu no bairro de Tambiá, Centro da capital, numa galeria que a suspeita utilizava como escritório para as negociações dos certificados pelo valor individual de R$ 250,00 anunciando-os em redes sociais e marcando encontros para a entrega dos documentos.
De acordo com a delegada adjunta de Defraudações e Falsificações, Vanderlea Gadi, a diretora da escola se mostrou muito preocupada porque tinha sido procurada por um rapaz querendo saber como funcionava um suposto supletivo online. Desconfiando que se tratasse de um golpe, a diretora, de imediato, foi até a DDF para relatar todos os detalhes que ouvira do rapaz que, inclusive, mostrou os comunicados feitos via facebook, pela autora do crime, que se passava por funcionária da escola. Era uma espécie de prova emitida por email para os interessados em adquirir o certificado de ensino médio. Eles respondiam os questionamentos e, em seguida, recebiam o resultado em até cinco dias úteis. Para isso pagavam a quantia de R$ 250,00 por cada certificado.
Segundo a autoridade policial, durante o interrogatório, a suspeita admitiu agir sozinha no esquema e disse que até vendeu certificados para outras capitais do Brasil, como foram os casos de três para São Paulo e dois para Curitiba. No escritório de Eduarda, os policiais localizaram e apreenderam em seu poder 20 certificados, o computador que era usado para as divulgações, impressora utilizada para imprimir certificados da escola, documentos, celular e carimbos com o nome da Escola Débora Duarte, da qual Maria Eduarda tinha sido aluna no ano de 2015.
A suspeita foi autuada em flagrante pelos crimes de falsidade ideológica e documental e tentativa de estelionato e permanecerá na carceragem da Central de Polícia, aguardando apresentação à audiência de custódia. As investigações policiais serão direcionadas, ainda, para a identificação de outras pessoas que possam, porventura, atuar no referido crime com a suspeita Eduarda, de maneira que mais pessoas poderão ser presas nos próximos dias.