A Rota do Mel é um novo rumo do turismo que está crescendo em Areia, no Brejo paraibano. Essa novidade pretende oferecer experiências em torno da produção de mel de abelhas sem ferrão. O trabalho é feito em parceria com a Universidade Federal da Paraíba, e a ideia de desenvolver essa rota veio da Associação de Turismo Rural e Cultural de Areia (Atura-PB). O intuito do projeto é oferecer ao público visitante a experiência da vivência ao manipular as abelhas meliponárias.
O presidente da Atura-PB, Leonaldo Alves de Andrade, conta que existe na região do Brejo uma prática secular: a criação de abelha sem ferrão. As meliponárias são nativas e têm um papel muito importante na natureza, que é polinizar as culturas agrícolas, as flores e de também produzir mel. As espécies criadas na região são a jandaíra, uruçu e a jataí.
Hoje, cada vez mais, se está partindo para um estilo de vida mais voltado à natureza, de uma alimentação mais equilibrada, de meios que possam proporcionar às pessoas saúde e bem-estar. Foi pensando nisso, que o presidente da Atura-PB escreveu o projeto Rota do Mel, a fim de divulgar a meliponicultura e buscar estímulos para essa prática, unido estilo de vida e sustentabilidade. “Esse é o benefício que nós vemos para o turismo: não só criar atrativos, mas criar serviços e produtos para quem chega e para quem vive aqui”, relata o gestor.
Serviço
- Entrada: R$ 15
- Horário: segunda a sábado, das 9h às 11h e 13h30 às 17h30; aos domingos, das 9h às 11h.
- Contato: (83) 99981-7728
Aconcheg’art Pousada
- Entrada: gratuita
- Contato: (83) 98713-1265
Produtor Local
- Horário: segunda a sábado das 7h às 14h
- Entrada: R$ 10
- Contato: (83) 98738-1868 - José Geraldo Trajano da Silva Júnior
Projeto pretende mapear as espécies
Os sócios da Atura-PB já tem 10 meliponários, agora na zona rural e nos sócios que estão sendo pleiteados, pode chegar a mais de 100. Está sendo criada essa rota para descobrir onde estão todas e mapeá-las. Junto à UFPB, campus de Areia-PB, está sendo ofertada capacitação aos produtores que possuem interesse em trabalhar nesta área.
- Iniciativa oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer mais sobre a criação de abelhas sem ferrão dos tipos jandaíra, uruçu e jataí e entender quais suas funções na natureza - Fotos: Atura/Divulgação
A meliponicultura passa a ser um produto turístico, o presidente da Atura explica que o público pode ver as abelhas, comprar e provar do mel e outras séries de produtos derivados. Gabi Neta, guia de turismo regional da Paraíba, conta que o Engenho Triunfo já está recebendo visitação, que conta com quatro caixas de abelhas da espécie uruçu. O engenho funciona de segunda a sábado, das 9h às 11h e 13h30 às 17h30; aos domingos, das 9h às 11h. A entrada custa R$ 15. Os guias receberam uma capacitação e qualificação adequada para as visitas guiadas.
A pousada Aconcheg’art também tem algumas caixas de abelhas e a ideia é que os hóspedes possam experienciar. Durante a semana, será aberto ao público, mediante agendamento e a entrada é gratuita, e aos finais de semanas, para os hóspedes. Além disso, produtores locais também recebem visitas nas suas criações, o contato e o agendamento é feito diretamente com o criador.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 10 de setembro de 2023.