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nas Escolas de Ensino Infantil e Creches

Saúde promove Semana de Vacinação contra Poliomielite

publicado: 05/06/2024 09h38, última modificação: 05/06/2024 09h38
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A ação ocorre de 10 a 14 de junho. O objetivo é fortalecer a campanha de poliomielite – que começou no último dia 27 | Foto: Roberto Guedes - Foto: Roberto_Guedes

O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), promove a Semana de Vacinação contra Poliomielite nas Escolas do Ensino Infantil e Creches, em todo o estado. A ação ocorre de 10 a 14 de junho. O objetivo é fortalecer a campanha de poliomielite – que começou no último dia 27 de maio e vai até o dia 14 de junho – e tem o dia 8 de junho como o “Dia D” de divulgação e mobilização. A meta é vacinar, em todo o país, no mínimo, 95% das crianças de um a menores de cinco anos de idade. Na Paraíba, são 216.989 crianças, no total, a serem vacinadas.

O secretário de Estado da Saúde, Jhony Bezerra, informou que a ação nas escolas ocorre porque a Campanha Nacional tem apenas três semanas. “É um espaço de tempo muito curto para atingirmos a meta e, por isso, a SES vai promover essa atividade nas escolas junto aos municípios, grandes aliados nesta luta, já que as equipes de Saúde da Família são essenciais para o sucesso do processo, pois, estabelecem vínculos com a população, comprometendo-se com os usuários e a comunidade. Diante disso, haverá a busca ativa das cadernetas de vacinação, uma prática importante para garantir a imunização adequada das crianças e prevenir doenças. Além disso, a articulação com escolas e creches vai permitir uma atuação mais abrangente e eficaz na promoção da saúde infantil”, observou.

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), nesta campanha serão utilizadas as vacinas oral poliomielite (VOP) e inativada poliomielite (VIP), para a vacinação das crianças menores de cinco anos de idade. A realização da campanha, neste momento, é importante uma vez que o país está em processo de transição para a substituição das duas doses de reforço da vacina oral poliomielite (VOP) para um reforço com vacina inativada poliomielite (VIP), que ocorrerá no segundo semestre de 2024.

"A ação nas escolas ocorre porque a Campanha Nacional tem apenas três semanas"
- Jhony Bezerra

Segundo a chefe do Núcleo de Imunização, da SES, Márcia Mayara, o estado já distribuiu 300.060 doses de VOP e 55.140 doses de VIP, para todos os municípios paraibanos. Ela lembra que a ação nas escolas reforça outras estratégias que já vêm ocorrendo. “Para a operacionalização da campanha deste ano, além da distribuição das doses, a SES realizou alinhamento técnico com os profissionais de saúde dos municípios envolvidos com a campanha da vacinação contra a pólio, em todo o estado”, informou.

Na campanha de pólio, mais recente, em 2022, a Paraíba foi reconhecida, nacionalmente, como o primeiro estado a atingir a cobertura vacinal contra a poliomielite, doença grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível.

Paraíba reforça ações contra arboviroses  

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nessa terça-feira (4), o Boletim das Arboviroses, que apresenta o levantamento dos agravos causados pelo mosquito Aedes aegypti na Paraíba do início do ano até a 22a semana epidemiológica – que compreende o período de janeiro de 2024 até o dia 31 de maio. Até o momento, os casos prováveis de arboviroses totalizam 11.305, sendo 9.969 para dengue, 1.269 para chikungunya e 67 para zika. A secretaria faz um alerta para que a população procure uma unidade de saúde ao sentir os primeiros sintomas.

De acordo com a técnica das arboviroses da SES, Carla Jaciara, quando comparado ao mesmo período do ano passado, foi registrado, em termos de porcentagem, um aumento significativo de 122,37% para os casos de dengue e 55% para os casos de chikungunya. Já para os casos de zika, houve uma redução de 6%. Ela destaca as ações que estão sendo realizadas pela Secretaria de Saúde para fortalecer o combate às arboviroses.

A secretaria faz um alerta para que a população procure uma unidade de saúde ao sentir os primeiros sintomas

“A SES vem elaborando e desenvolvendo ações voltadas especificamente ao controle da dengue, chikungunya e zika, como capacitações do manejo clínico, oficinas, instalação de armadilhas ovitrampas, reuniões virtuais, visitas técnicas aos municípios onde ocorreram óbitos ou que ainda estão com óbito em investigação, reestruturação da sala de situação onde são liberados informes diários sobre o cenário das arboviroses, análise dos municípios com alta incidência para traçar estratégias direcionadas ao combate e o controle dessas doenças. E realizamos também alinhamento das ações de vigilância ambiental por macro região da saúde”, explicou.

Sobre os óbitos,  a´pseis confirmados para dengue, nas cidades de Camalaú, Conde, Campina Grande, Cabedelo e São João do Rio do Peixe. Para chikungunya, são quatro óbitos confirmados em Sapé, João Pessoa, Campina Grande e Pirpirituba. 12 óbitos seguem em investigação.

Carla Jaciara destaca que os municípios precisam realizar as notificações de forma correta, e que, para isso, a Saúde vem realizando treinamentos e qualificações para os profissionais da Atenção Básica, para que saibam identificar e manejar acertadamente os casos suspeitos de arboviroses.

Em decorrência do período de elevadas temperaturas e chuvas torrenciais, a SES recomenda que os municípios intensifiquem as ações de modo integrado com diversos setores, como os setores de infraestrutura, limpeza urbana, Secretaria de Educação, de Comunicação e de Meio Ambiente e também outras áreas afins. E mais ainda, é importante que os gestores municipais busquem sensibilizar a população quanto ao autocuidado para a eliminação de criadores do mosquito Aedes aegypti, para que, assim, todos possam ficar atentos aos sintomas, e quando necessário, procurar um serviço de saúde para identificar em tempo oportuno os casos suspeitos de arboviroses no território.

O Boletim também apresenta os dados do 1º Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) na Paraíba. Os 223 municípios realizaram o levantamento e, de acordo com os dados enviados, 49 municípios encontram-se em situação de alto risco, 138 foram classificados como médio risco e 36 como baixo risco.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 05 de junho de 2024.