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inverno na paraíba

Temperatura pode chegar a 17 ºC

publicado: 20/06/2024 09h46, última modificação: 20/06/2024 09h46
De acordo com a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, as regiões mais afetadas pelo frio serão Brejo e Cariri
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Previsão é de que as chuvas desse período representem em torno de 40% do total registrado no ano no Agreste, Brejo e no Litoral paraibano
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Fotos: Evandro Pereira
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por Lílian Viana*

Hora de lavar aquelas roupas quentinhas que estão guardadas lá no fundo do guarda-roupa. A estação mais fria do ano começa no Hemisfério Sul (onde o Brasil está localizado), exatamente, às 17h51 de hoje e a previsão de temperatura é de 17 ºC em algumas regiões paraibanas, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa). As menores temperaturas devem ser registradas durante a madrugada.

De acordo com a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, as regiões mais afetadas pelo frio serão Brejo e Cariri. “Na estação de inverno, as temperaturas são climatologicamente mais amenas. As temperaturas atingem valores mínimos de 17 ºC, principalmente sobre o Brejo e Cariri e a máxima, registradas durante o período da tarde, em torno de 31 ºC no Sertão e Alto Sertão”, atesta.

Em relação às chuvas, a previsão é de que os índices pluviométricos representem em torno de 40% do total do ano no Agreste, Brejo e Litoral paraibano. O período mais chuvoso dessas regiões é entre abril e julho, sendo o quadrimestre mais chuvoso, quando as estações do outono e inverno coincidem. 

Distúrbios Ondulatórios

“Neste período, o principal sistema meteorológico gerador de chuvas é chamado de Distúrbios Ondulatórios de Leste, nuvens que se formam no Oceano Atlântico e se deslocam em direção à costa leste do Nordeste do Brasil, principalmente sobre as regiões do Agreste, Brejo e Litoral, como também o transporte de umidade oriunda do oceano Atlântico em direção à costa leste do Nordeste, trazida pelos ventos alísios de sudeste, que sopram com mais intensidade nesta época do ano”, detalha a profissional. No entanto, deve chover pouco no Cariri e Curimataú, Sertão e Alto Sertão.

A estação do frio termina no dia 22 de setembro, às 9h44, data em que tem início a primavera.

PMJP está investindo R$ 18 milhões em drenagem 

Em João Pessoa, a Defesa Civil e a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) têm intensificado ações para amenizar os impactos da chuva. Só neste ano, estão sendo investidos R$ 18 milhões em obras para implantação, ampliação e recuperação de redes de drenagem, diminuindo de 110 para 26 os pontos considerados críticos de alagamentos na capital, no período chuvoso.

Obras
Uma das obras em andamento deve solucionar os alagamentos que afetam os moradores do Conjunto Esplanada há décadas, na capital

Uma das obras em andamento deve solucionar os alagamentos que afetam os moradores do Conjunto Esplanada há décadas, na capital. O projeto prevê a instalação de tubulações e uma travessia para lançamento das águas no Rio Jaguaribe, às margens da BR-230. “Nós estamos fazendo duas tubulações de 1.500 milímetros, tem um metro e meio de diâmetro cada uma, em tubos em PAD – o uso dele não é igual ao concreto que vaza para dentro. Esse material, assim, é infindável, ele não se estraga porque é um PVC, tem uma vida útil aí de mais de 100 anos para solução do problema”, explicou o secretário de Infraestrutura, Rubens Falcão.

Entre as iniciativas já concluídas, destacam-se as obras de drenagem da Avenida Hilton Souto Maior, em frente ao Mangabeira Shopping; da Rua Francisco Leocádio Ribeiro Coutinho, nas proximidades do Bessa Shopping; a da Rua Radialista Newton Júnior, principal do Detran do Valentina Figueiredo.

Além das obras, os serviços de manutenção e prevenção na rede de drenagem são realizados de forma diária, com limpeza e desobstrução de galerias, recuperações e construções de bocas de lobo e caixas coletoras e colocação de grelhas.

Prevenção

Uma forma de prevenir o problema dos alagamentos é fazer um descarte correto do lixo. Só nos três primeiros meses deste ano, a Seinfra já recolheu mais de 39 toneladas de dejetos durante os serviços de manutenção na rede de galerias pluviais. Nesse processo, a população tem papel fundamental, de acordo com o chefe de Drenagem da Diretoria de Manutenção e Conservação (DMC), Acacyo Daniel.

“Às vezes, a população, até mesmo sem querer, coloca o lixo na calçada, e uma chuva forte acaba levando esses dejetos para as galerias. A forma correta é colocar os dejetos numa lixeira elevada ou num balde de lixo, além de fazer o descarte no dia correto da coleta”, explicou.

Período chuvoso é propenso a gripes e resfriados

O tempo frio não pede apenas agasalhos e cobertores para se aquecer bem. Com as temperaturas mais baixas, é importante ficar atento, ainda, à saúde, especialmente de bebês, crianças e idosos. Isso porque, durante o inverno, há um aumento de cerca de 40% na incidência de algumas doenças, como gripes, resfriados, rinite e asma.

"Sistema meteorológico gerador de chuvas é chamado de Distúrbios Ondulatórios de Leste, nuvens que se formam no Oceano Atlântico e se deslocam em direção à costa
leste do Nordeste"
- Marle Bandeira

As rinites e rinossinusites são mais frequentes e causam espirros, coriza, obstrução nasal e dor de cabeça. Já a asma brônquica, mais grave, aparece com tosse, expectoração, dispneia (cansaço) e chiado. Nesse período de festas juninas, inclusive, as pessoas com doenças respiratórias devem se manter distantes da fumaça de fogueiras e, principalmente, dos fogos, segundo o pneumologista e alergista, Sebastião Costa.

“Ambientes fechados também favorecem a transmissibilidade dos vírus, que ocorre através da tosse e espirros das pessoas infectadas. Por isso, evitar aglomerações e não mandar a criança com sintomas respiratórios à escola, por exemplo, são ações que podem e devem interferir na proliferação das viroses sazonais, além da vacina”, complementa o médico

Resumindo: o inverno é a estação da tosse, secreção, coriza e cansaço, que podem estar presentes tanto nas alergias como nas viroses respiratórias. “A febre é a fronteira que vai separar a gripe e o resfriado comum da rinite e da asma. Lembrando que a gripe sazonal, provocada pelo vírus Influenza, ao contrário do resfriado (dor de garganta, sintomas nasais, febrícula), pega pesado. São cinco dias de febre alta, dores musculares, fadiga, fastio intenso. Suas complicações costumam engrossar as estatísticas de mortalidade”, finaliza Sebastião Costa.

Tosse, Cansaço, Alergias

Dicas para amenizar problemas como esses, incluvise os respiratórios:

  • Beba muito líquido, mas evite as bebidas alcoólicas;
  • Mantenha as roupas de cama limpas, especialmente os cobertores e travesseiros que costumam ser morada de ácaros;
  • Retire o pó da mobília e limpe o chão com pano úmido;
  • Aproveite os dias ensolarados para arejar a casa;
  • Evite o contato com a fumaça do cigarro, de fogueiras e fogos;
  • Use soro fisiológico nas regiões dos olhos e narinas;
  • Evite aglomerações em lugares fechados e pouco arejados;
  • Lave as mãos para evitar vírus e bactérias.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 20 de junho de 2024.