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O túmulo onde se acredita que foi enterrado Jesus Cristo teria, afinal, quase 1.700 anos, sendo muito mais velho do que se pensava. A teoria inicial dos arqueólogos que analisam o chamado Santo Sepulcro é que teria cerca de mil anos, remontando ao tempo das Cruzadas.
Pesquisadores da Universidade Técnica Nacional de Atenas, na Grécia, que têm investigado o túmulo de Jesus Cristo, na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, concluíram que ele seria datado de cerca de 345 depois de Cristo, conforme reporta a revista The National Geographic.
Os cientistas conseguiram analisar pedaços de argamassa, retiradas do cimento original de calcário e de uma laje de mármore que cobre o túmulo, recorrendo à técnica conhecida por Luminescência Opticamente Estimulada. Assim, chegaram à certeza de que o Santo Sepulcro data de há quase 1.700 anos.
Os materiais de construção do revestimento de pedra do túmulo remontam, desta forma, ao tempo dos romanos, o que reforça a tese de que poderíamos estar mesmo perante o local onde Jesus Cristo foi enterrado.
Jesus teria morrido por volta de 30 a 33 dC. Há relatos históricos que indicam que os romanos encontraram seu túmulo e que o transformaram em um local de consagração, por volta de 326 depois de Cristo, quando Constantino, O Grande, era imperador de Roma – ele foi o primeiro imperador cristão do império romano.
A nova descoberta também confirma que o Santo Sepulcro teria sobrevivido intacto ao longo de 1.700 anos, apesar dos inúmeros danos sofridos pela igreja onde se situa, devido a terremotos e a incêndios. Há cerca de mil anos, a igreja foi completamente demolida, tendo depois sido reconstruída.
O chamado túmulo de Jesus Cristo foi aberto pela primeira vez em séculos, em outubro de 2016, no âmbito de trabalhos de restauração que visam preservar o danificado santuário onde se encontra.