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UFPB oferece atendimento gratuito a mulheres com fibromialgia

publicado: 17/09/2025 09h04, última modificação: 17/09/2025 09h04

Um projeto de pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está oferecendo atendimento gratuito para mulheres com diagnóstico de fibromialgia. A iniciativa está sendo realizada no Programa de Pós-graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento (PPGNeC), vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), e tem o objetivo de perceber os efeitos de um treinamento de força, com restrição de fluxo sanguíneo, em pacientes com a síndrome de dor crônica.

Estão sendo oferecidas 20 vagas para interessadas em participar do estudo, que tem como público-alvo mulheres na faixa etária de 18 a 59 anos, que residam em João Pessoa (PB) e que tenham disponibilidade para comparecer às sessões. O atendimento ocorre às segundas, quartas e sextas-feiras, no horário das 13h30 às 14h30, no prédio da Pós-Graduação de Fisioterapia, localizada no Centro de Ciências da Saúde, no Campus I, de João Pessoa.

O estudo terá uma amostra composta por 28 participantes, que serão submetidas a treinos de força — exercícios de musculação —, divididas em dois grupos de 14 mulheres. Um grupo vai realizar treinamento resistido com baixa carga associada e baixa restrição de fluxo sanguíneo (RFS), numa espécie de efeito placebo em relação à oclusão vascular, enquanto o outro grupo experimental fará o mesmo treino, mas com uma RFS de 50%.

De acordo com o doutorando do PPGNeC Helder Xavier, integrante do grupo de quatro pesquisadores responsáveis pelo estudo, coordenado pelo docente Rodrigo Ramalho Aniceto, é o primeiro estudo a testar o TRBC+RFS como uma modalidade terapêutica para melhorar a dor em pacientes com fibromialgia. O pesquisador explicou que esse protocolo (TRBC+RFS ) foi escolhido em virtude da capacidade potencial de modular a dor, de forma segura, para pacientes com alta sensibilidade.

O pesquisador explicou que as participantes utilizarão, durante as sessões, um manguito (aparelho semelhante ao de verificação de pressão) e não saberão em qual grupo estão inseridas. O intuito, com o grupo experimental, é analisar os efeitos crônicos do treinamento escolhido no que diz respeito a marcadores clínicos, funcionais e à qualidade de vida em mulheres com fibromialgia. Com exercícios de supino reto, puxada alta, agachamento livre e leg press 45o, serão avaliadas nas pacientes as seguintes variáveis: dor, força dinâmica máxima, capacidade funcional, qualidade de vida e níveis de marcadores inflamatórios.

Os pesquisadores querem comprovar se as mulheres expostas ao treinamento de força com baixa carga e oclusão vascular (RFS) tiveram mais benefícios — como a redução dos níveis de dor — do que o grupo de participantes exposto simplesmente a exercícios de força. Ainda segundo Helder Xavier, a aplicação da restrição de fluxo sanguíneo no treinamento de força tem o potencial de induzir efeitos analgésicos, contribuindo para uma diminuição percebida da dor.

As interessadas em participar do estudo devem preencher um formulário eletrônico disponibilizado pelo grupo de pesquisadores. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail helderxavierb@gmail.com ou pelo telefone (83) 996150540 (WhatsApp).

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 17 de setembro de 2025.