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Uma década sem o “Rei do Brega”

publicado: 20/12/2023 08h31, última modificação: 20/12/2023 10h58
Com influência de Elvis Presley e dos Beatles, cantor começou a carreira artística cantando rock e foi crooner em boates

por Da Redação*

Há uma década morria no Recife, no dia 20 de dezembro de 2013, aos 70 anos e com câncer no pulmão, o cantor e compositor pernambucano Reginaldo Rossi, apontado como o “Rei do Brega”. Reginaldo Rodrigues dos Santos nasceu na capital pernambucana em 14 de fevereiro de 1943. Na juventude, foi estudante de graduação em Engenharia Civil por quatro anos e ensinava Física e Matemática. Com influência de Elvis Presley e dos Beatles, começou a carreira artística cantando rock e foi crooner em boates.

Iniciou a carreira artística em 1964, comandando o grupo de rock The Silver Jets, depois integrando-se à Jovem Guarda. No início, abria shows de Roberto Carlos. Lançou muitos álbuns durante sua carreira, sendo os três primeiros no estilo da época, o rock da Jovem Guarda: ‘O Pão’ (1966), ‘Festa dos Pães’ (1967) e ‘O Quente’ (1968).

Na década de 1970 se afastou do rock com o trabalho ‘À Procura de Você’, que o iniciou no gênero brega-romântico. Gravou sete álbuns durante esse período, quase todos pela gravadora CBS, quando grandes nomes da Jovem Guarda gravavam suas canções. Em 1972 lançou ‘Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme’, seu maior sucesso até então. Nessa mesma década lançou outros hits, como ‘Desterro e Pedaço De Mau Caminho’.

A década de 1980 começou com o sucesso do álbum ‘A Volta’, que trouxe as canções ‘Volta, Amor, Amor, Amor’ e ‘Recife’, quando Reginaldo Rossi ganhou seu primeiro disco de ouro, com mais de 100 mil cópias vendidas. Em 1982 lançou ‘A Raposa e as Uvas’, ‘Feito de Amor’ (‘L’Ultima Cosa’) e ‘A Volta’.

Nos anos 1980, Reginaldo já era um sucesso nacional e não só nas regiões Norte e Nordeste, mas ainda não tinha um sucesso que alcançasse todo o país. Em 1987, lançou um de seus maiores sucessos: ‘Garçom’. Com ela, o artista alcançou a marca de dois milhões de cópias vendidas.

De 1990 até 1995, o cantor não lançou discos novos. Em 1998, foi a vez do CD ‘Reginaldo Rossi ao Vivo’. Um ano depois, o CD ‘Reginaldo Rossi the King’ teve a contribuição de convidados como Wanderléa, Erasmo Carlos, Golden Boys, Roberta Miranda, além da banda Planet Hemp. O disco vendeu um milhão de cópias. Em fins da década de 1990 houve um ressurgimento de Reginaldo Rossi no sul do país, provocando relançamento de seus discos em CD. O cantor e compositor passou a ser visto como cult e assinou contrato com a gravadora Sony.

Em 2010 Reginaldo Rossi gravou seu último CD, o ‘Cabaret do Rossi’, em que fez questão de revisitar seus grandes sucessos e enfatizar o estilo brega. Sua última aparição pública foi na gravação do DVD da banda Calypso, em agosto. Porém, os dois últimos shows do cantor foram nos dias 21 e 22 de novembro de 2013, no Manhattan Café Teatro, em Recife.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 20 de dezembro de 2023.