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Ação impetrada pelo Treze contra o Campinense é julgada hoje no Rio de Janeiro

publicado: 19/05/2016 00h05, última modificação: 19/05/2016 12h25
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Ação do Treze pede a queda do Campinense para a segunda divisão e vaga na semifinal do Campeonato Paraibano de 2016 - Foto: Facebook/Treze Futebol Clube

tags: Treze Futebol Clube , Campinense Futebol Clube , Superior Tribunal de Justiça Desportiva


Ivo Marques

O futuro do Campeonato Paraibano deste ano será decidido hoje de manhã, e infelizmente, não será dentro de campo, e sim no tapetão. Todas as atenções estão voltadas para um julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que acontecerá às 10 horas, na sede da corte, localizada à Rua da Ajuda nº 35, 15º andar, no Rio de Janeiro. O STJD vai julgar o processo de nº 094/2016, que tem como impetrante o Treze, contra o Campinense e a Federação Paraibana de Futebol. O Galo acusa a Raposa de ter disputado o Campeonato Paraibano de forma irregular, porque não cumpriu com as exigências da Lei do Profut. O relator será o auditor Ronaldo Botelho Piacente.

A ação do Treze causou sérios prejuízos ao Campeonato Paraibano e aos clubes, que chegaram com mérito às disputas das semifinais. O Galo conseguiu uma liminar, impedindo a realização de uma das semifinais, entre o Campinense e o CSP. Os clubes e a FPF esperam a decisão de hoje, para marcar, o mais rápido possível, estas semifinais, afinal, as datas estão cada vez mais escassas para terminar a competição, e o prejuízo financeiro se acumula.

A FPF também tem um prazo curto para indicar os dois representantes do Estado para as disputas do Campeonato Brasileiro da Série D, que já começa no próximo dia 12 de junho. Outro problema que preocupa os dirigentes dos clubes envolvidos, é que os contratos da maioria dos atletas se acabam nos próximos dias. Enquanto isso, o Botafogo, que passou pelas semifinais, apenas aguarda para saber quem será o seu adversário na decisão do campeonato. O clube da estrela vermelha também iniciará a sua participação no Campeonato Brasileiro da Série C, a partir do próximo dia 25, o que dificultará ainda mais a disponibilidade de datas para disputar as finais do estadual.

O diretor jurídico da FPF, Marcos Souto Maior, acha que o direito da FPF e do Campinense é bom, e que o próprio Treze já sabe que não terá nenhuma chance, apenas tenta ganhar tempo para conseguir uma possível indicação para a série D, através do ranking de clubes. Segundo o regulamento do Campeonato Paraibano, a definição se dará pela colocação dos clubes na competição deste ano.

Segundo Marcos Souto Maior, ficou acertado, e já existe até jurisprudência em outros casos semelhantes no País, que as exigências do Profut só valerão para as próximas competições, não para a atual.

Caso o Treze não obtenha êxito no STJD, é grande a possibilidade da FPF marcar para o próximo domingo, dia 22 de maio, a primeira partida das semifinais, entre Campinense e CSP. Porém, se o Treze vencer, os desdobramentos são imprevisíveis, já que a Raposa perderá todos os pontos que disputou, e isso vai mexer com a pontuação geral das equipes na competição. Além do mais, existe a possibilidade de outros clubes recorrerem à Justiça Desportiva, se sentindo prejudicados, porque há outras agremiações em situação semelhante a do Campinense.