Notícias

Acidentes aéreos fatais já aconteceram com equipes de todo o mundo

publicado: 30/11/2016 00h05, última modificação: 30/11/2016 08h21
foto.jpg

Em 1949, avião que levava equipe italiana do Torino se chocou em Turim, matando todos os jogadores - Foto: Divulgação

tags: Chapecoense , Colômbia


O acidente com o voo da empresa LaMia, que transportava a equipe de futebol da Chapecoense-SC e que caiu na Colômbia, entra para os registros de acidentes que atingiram times que viajavam para disputar partidas ou voltavam de algum jogo. Envolvendo brasileiros em tragédias, este é o primeiro caso, no entanto, existem outros registros pelo mundo.

Em 4 de maio de 1949, há algumas milhas de Turim, sob forte nevoeiro, aconteceu uma tragédia que marcaria para sempre a história do futebol italiano e mundial. O avião, um Fiat G212, que transportava a delegação do Torino de volta à Itália, após um amistoso contra o Benfica em Portugal, chocou-se contra uma das torres da Basílica de Turim de Superga, a 600 metros de altura. Não houve sobreviventes. Pela Liga Italiana a rodada era a de número 34. O Torino liderava a competição com quatro pontos de vantagem sobre a Internazionale de Milão, faltando quatro jogos para o término do Campeonato. Como na época a vitória valia dois pontos, oito ainda estavam em jogo.

Manchester United

Uma tragédia que a Inglaterra nunca esquecerá. No dia 6 de fevereiro de 1958, após a disputa de uma partida contra o Estrela Vermelha, em Belgrado, o Manchester fazia a viagem de retorno à Inglaterra. Era o voo 609 da British European Airways. A equipe havia conquistado um empate por 3 a 3 contra o time iugoslavo, que lhe rendeu a classificação para as semifinais da Taça dos Campeões. Mas não houve tempo para comemoração. Durante a viagem estava nevando muito. O piloto do bimotor Airspeed Ambassador, prefixo G-ALZU, construído pela “De Havilland”, que fazia voos regulares entre a Alemanha e a Inglaterra, estava com pouca visibilidade. E, para piorar, um dos motores estava com defeito. A torre chegou a ser informada sobre o problema, mas nada adiantou.

Logo depois, o motor pegou fogo e o avião caiu perto da cidade de Munique, na região da Baviera, por volta das 18h. No acidente morreram 28 pessoas entre passageiros e moradores do local da queda do avião. A comitiva do Manchester era formada pelo diretor esportivo, o secretário da equipe, 11 jornalistas e 17 jogadores.

Alianza Lima

O Alianza Lima foi, ao longo dos anos 70 e 80, a grande sensação do futebol peruano e a base para as convocações da seleção nacional. Na época, o Peru ocupava o lugar de quarta potência do futebol sul-americano atrás apenas de Brasil, Uruguai e Argentina. Porém, essa história de grande celeiro de grandes jogadores do futebol peruano se encerrou de forma rápida e trágica.

Em 8 de dezembro de 1987, o Alianza estava na cidade de Pucallpa, onde disputava mais uma partida pelo Campeonato Peruano, competição que liderava naquele momento. O time saiu de campo vencedor por 1 x 0. Foi a última vitória da precoce carreira daqueles atletas. No retorno à capital, poucos minutos antes de aterrissar no Aeroporto Internacional Jorge Chavez, o avião Fokker 27 MPA, da Marinha de Guerra do Peru, apresentou problemas no trem de pouso dianteiro. O piloto – mais tarde descobriu-se que não era qualificado – fez, por duas vezes, manobras bruscas com a aeronave, no intuito de baixar o trem de pouso a força. Na segunda manobra perdeu o controle do avião que caiu no Mar de Ventanilla. Apenas o piloto sobreviveu. Morreram todos os jogadores, comissão técnica, torcedores, árbitros e a tripulação.

The Strongest

Ficou conhecida como a “Tragédia de Viloco”. Em 24 de setembro de 1969, feriado local, a equipe do The Strongest foi convidada para participar de um jogo amistoso organizado pela Associação de Futebol de Santa Cruz de La Sierra. Para a equipe, era somente outra visita a cidade de Santa Cruz, após o término do Campeonato Nacional. A última partida oficial foi disputada no domingo anterior, dia 14 de setembro, uma derrota para o Universitário por 3 a 1, no que viria a ser a última oficial para a vida de diversos jogadores. Na noite do dia 26 de setembro, soube-se que o avião, um DC-6 da Lloyd Aéreo Boliviano, com a maioria da delegação do The Strongest, que retornava da cidade de Santa Cruz de La Sierra em direção a La Paz, havia desaparecido.

Vinte e quatro horas depois, e já sem muita esperança, o País recebeu a notícia: o avião havia se precipitado contra uma região montanhosa chamada La Cancha, na região mineira de Viloco, a cerca de 100km de La Paz. Todos os 69 passageiros e 9 membros da tripulação morreram.

Chile Green Cross

Em 3 de abril de 1961 o avião Douglas DC-3 da LAN Chile, prefixo CC-CLD-P210, realizava o voo 210 trazendo de volta a equipe do Chile Green Cross (hoje Deportes Temuco) de uma partida em Osorno, pelo Torneio da Copa Chile. Voando com visibilidade ruim, chocou-se contra a Serra de Las Animas, na Cordilheira de Linares, matando todos os seus 20 passageiros e 4 tripulantes.

Pakhtakor Tashkent

No dia 11 de agosto de 1979, uma colisão aérea entre dois aviões russos Tupolev 134As da Aeroflot, vitimou a equipe de futebol do Pakhtakor Tashkent, do Uzbequistão, que fazia o voo 7880, rota Tashkent - Donetsk - Minsk sobre a antiga União Soviética. Uma falha do controle de tráfego aéreo da Rússia na separação aérea das aeronaves causou o choque entre elas, a 27.200 pés de altitude, que vieram a cair sobre a cidade de Dneprodzerzhinsk, na Ucrânia. No avião prefixo CCCP-65735 da delegação do Pakhtakor Tashkent morreram todos os 84 ocupantes, entre eles os 14 jogadores e os três membros da comissão técnica. Na outra aeronave, a de prefixo CCCP-65816, morreram os 94 ocupantes. Computando as duas aeronaves o saldo foi de 178 mortos.

Seleção da Zâmbia

A Tragédia no Gabão ocorreu no dia 28 de abril de 1993, quando uma aeronave De Havilland DHC-5 da Força Aérea da Zâmbia, prefixo AF-319, que levava a seleção do País para uma partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, explodiu logo após decolar de um aeroporto em Libreville, no Gabão, onde havia sido reabastecido.

Dezoito jogadores, 3 dirigentes da Associação de Futebol da Zâmbia (FAZ) e 5 militares morreram. As investigações das causas do acidente nunca foram completadas.