Ivo Marques
Conforme a reportagem de A União adiantou na última quinta-feira (19), a reunião do Conselho Arbitral foi transferida da segunda-feira (23) para esta terça-feira (24), a partir das 9h, na sede da Federação Paraibana de Futebol (FPF). Outra mudança é que, desta vez, o encontro será o dia inteiro. O presidente da FPF, Amadeu Rodrigues, espera que desta forma todos os detalhes do Campeonato Paraibano de 2018 serão discutidos e ao final do dia haverá uma definição de regulamento e tabela da competição.
A princípio, a fórmula de disputa apresentada pelo presidente do Sousa, Aldeone Abrantes, será aprovada. Ela prevê uma competição com os dez clubes, sendo divididos em dois grupos de cinco, sendo que um grupo enfrenta o outro, com partidas de ida e volta, num total de dez rodadas. Ao final da primeira fase, se classificariam para as semifinais os primeiros colocados de cada grupo, que enfrentariam os vencedores de um cruzamento olímpico entre os segundo e terceiros colocados de cada grupo. Os jogos seriam em sistema de mata-mata, com jogos de ida e volta, e os vencedores disputariam a grande final, também em dois jogos. Botafogo e Treze seriam cabeça de chave, porque foram campeão e vice, respectivamente, este ano.
Fala-se numa competição que começaria no dia 7 de janeiro e que terminaria, sem problemas, antes da participação do Botafogo na Série C e do Treze e Campinense na Série D. Também seriam respeitadas as datas em que ocorrerão jogos envolvendo times paraibanos na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste. Até o Botafogo, adversário declarado da diretoria do Sousa, já informou que, se os clubes concordarem, o Belo apoiará essa fórmula de disputa.
Mas o que parece ser uma unanimidade pode não ser bem assim. Mesmo atendendo as 16 datas, conseguidas pela FPF junto à CBF na semana passada, tem clube que não concorda, a princípio. O presidente do Auto Esporte, Watteau Rodrigues, por exemplo, defende ainda a manutenção da fórmula deste ano, para cumprir o que exige o Estatuto do Torcedor. O presidente do Campinense também não apreciou muito a fórmula de disputa. Vale ressaltar, que a competição só poderá mudar a fórmula de disputa caso haja uma unanimidade dos clubes.
Além da não unanimidade temporária em relação à fórmula de disputa, um outro problema a ser resolvido nesta terça-feira é o que será feito com os jogos do Campinense na competição, com a interdição do Estádio Amigão, para a reforma do gramado. Apesar de atingir também o Serrano e o Treze, indiretamente, a Raposa será mesmo a grande prejudicada. O clube não dispõe de outro estádio em Campina Grande para sediar seus jogos, a não ser o do rival Treze.
Resta saber se os dois clubes vão chegar a um acordo sobre isso. E onde serão os clássicos, sobretudo o dos maiorais, que costuma levar mais de 20 mil pessoas ao Amigão? Serão jogos de torcida única? O presidente do Campinense se mostra revoltado com isso e vislumbra um prejuízo muito grande para o rubro-negro. Uma outra hipótese é levar alguns jogos para João Pessoa. Será que os torcedores iriam comparecer em grande número na capital? A situação não é fácil de se resolver, e a expectativa é muito grande em torno do que ficará definido nesta reunião.
Um outro problema é o Internacional, que foi rebaixado no campeonato deste ano. O clube insiste em participar da reunião do Conselho Arbitral desta terça-feira, porque afirma que ninguém derrubou a liminar que a agremiação conseguiu, que lhe deu o direito de participar da reunião anterior. O colorado paraibano quer a vaga do CSP na competição, alegando que o clube disputou a competição deste ano de forma irregular. O processo será julgado na quinta-feira (26) pelo Pleno do TJD-PB.