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Árbitros paraibanos são a favor do uso da tecnologia nos jogos

publicado: 27/09/2017 00h05, última modificação: 28/09/2017 12h01
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O presidente da Comissão de Arbitragem defende a atuação do árbitro de vídeo para amenizar os problemas no Campeonato Brasileiro - Foto: Hévila Wanderle

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Wellington Sérgio

A implantação do “árbitro de vídeo” nos próximos dias pela CBF nas partidas de futebol tem gerado polêmicas e comentários entre dirigentes, torcedores, jogadores e os próprios árbitros e assistentes, principais responsáveis pelo andamento dos jogos nas quatro linhas do gramado. Nos últimos dias o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, tentou colocar em prática em algumas partidas, mas adiou por falta de condições técnicas e pessoal capacitado em utilizar o equipamento.

Um dos maiores motivos para a utilização da telinha foi o gol anotado pelo atacante do Corinthians, Jô, na vitória contra o Vasco (1 a 0), no último dia 17, na Arena do Timão, pela 24ª rodada da Série A do Brasileirão. Muitos afirmam que o gol foi de mão, enquanto outros dizem que a bola estava dentro e tocou no corpo do profissional. Em todas as rodadas das disputas oficiais ocorrem dúvidas, interpretações da arbitragem, “possíveis tendências” ou até mesmo, erro humano quando o lance é muito polêmico, gerando confusões e brigas.

Um assunto que ainda vai render muito nesta temporada é a ideia de colocar as “telinhas’ que serão acompanhados por pessoas capacitadas. Mas será que na prática os erros vão acabar definitivamente no futebol? O presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paraibana de Futebol (FPF), José Renato, afirmou que é a favor do “árbitro de vídeo”, ressaltou que tudo que for para diminuir os erros da arbitragem será benéfica para o futebol.

Segundo ele, trata-se de um projeto caro e que será utilizada por profissionais capacitados, mas que é fundamental para observar melhor os lances polêmicos que acontecessem durante os jogos. “Sou a favor que os árbitros que não estão trabalhando possam colaborar com o pessoal responsável. Creio que até o final da Série A a CBF possa colocar em alguns jogos”, disse. Para o árbitro da FPF, Broney Machado, a ideia é louvável, mas vai perder o brilho do esporte. Segundo ele, se não for para colocar em todas as disputas oficiais, não vale a pena utilizar só em algumas competições.

“Neste caso fica difícil acabar os erros que acontecem no futebol. Se não for para colocar em todos os Estaduais e nas competições nacionais é melhor deixar como está. É um custo alto que poucas federações poderão bancar. Fico torcendo que um dia a coisa saia do papel”, frisou. A assistente da FPF e CBF, Adriana Bezerra, comentou que é uma decisão boa para que as dúvidas durante as partidas sejam resolvidas, principalmente nos lances mais duvidosos e polêmicos.

Ela afirmou que é muito parecido com as partidas de voleibol que aconteceram nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Segundo a assistente tudo que é novo se torna complicado para quem está a frente da responsabilidade, mas será benéfico quando estiver em prática. “Acredito que diminuirá bastante os erros, já que a arbitragem vai ter o auxílio daqueles que estão vendo pela telinha. É louvável a iniciativa da CBF para que possamos ter um futebol mais criterioso dentro de campo”, observou.

O árbitro da entidade paraibana e nacional, João Bosco Sátiro, ressaltou que a iniciativa é positiva e tem que ser dinâmica para não atrapalhar o desenrolar do jogo. Ele defende que todas as partidas tenham um “árbitro de vídeo” para que os erros diminuam e que vença o melhor sem a interferência da arbitragem. “O que for para melhor a arbitragem é boa para todos que estão envolvidos, principalmente quem está comandando o jogo. Espero que possamos colocar em prática para evitar possíveis polêmicas e interpretações nas partidas”, avaliou.