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Arenas sofrem com a queda de público no Brasileiro

publicado: 24/09/2017 00h05, última modificação: 25/09/2017 08h53
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A média de público no Maracanã, estádio mais charmoso e histórico do país, é de apenas 18.924 com taxa de ocupação de 24% - Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

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Srgoool

O Brasil, no exato momento em que decidiu fazer a Copa do Mundo com 12 sedes, já previa a "morte" de muitos estádios antes mesmo de levantá-los. Não precisava ser pitonisa para adivinhar que Arena da Amazônia, Arena Pantanal, Arena das Dunas, Mané Garrincha, entre outros sofreriam com a falta de público. Acontece que a situação é ainda pior. Segundo levantamento do site estatístico srgoool, palcos tradicionais também acumulam arquibancadas vazias e em pleno Brasileiro da Série A.

Maracanã, Arena Fonte Nova, Mineirão e Arena da Baixada receberam grandes jogos de clubes tradicionais, mas ostentam média inferior a 20 mil pagantes. E olha que média de 20 mil torcedores é bem modesta para qualquer país com clubes de renome. O abandonado Maracanã, principal palco do futebol brasileiro, apresenta média de 18.924 espectadores e taxa de ocupação de 24%. Em 11 partidas, o Maraca recebeu só 208.165 fãs.

O estádio carioca, diga-se de passagem, foi o escolhido para sediar três clássicos. O maior público visto foi no Fla-Flu - apenas 33.112 fãs. O confronto entre Fluminense e Botafogo não passou de 12.882 testemunhas. Apesar do Tricolor ter mandado a maior parte dos jogos no Maracanã, o melhor público aconteceu com o Flamengo na estreia ante o Atlético Mineiro (42.575).
A Arena Fonte Nova também tem decepcionado. Tudo bem que o Bahia luta contra o rebaixamento, mas a média do estádio baiano não chega a 20 mil apaixonados (18.678) e a taxa de ocupação fica em 39%. A maior presença dos tricolores ocorreu no embate contra o atual campeão Palmeiras (33.186). E o que falar do Mineirão? O palco do 7 a 1 tem média de 16.338 testemunhas no Brasileirão e taxa de ocupação de 26,4%. São 13 jogos e público total de 212.400 fãs. Assim como o Maraca, o Mineirão tem capacidade acima de 60 mil lugares.

O Cruzeiro, "dono" do Mineirão, estreou contra o São Paulo diante de 6.444 gatos pingados. A taxa de ocupação, para se ter uma ideia, não passou de irrisórios 10,4%. O maior público da Raposa foi visto no duelo contra o Flamengo (39.699). A melhor marca do Mineirão, contudo, é do rival Atlético Mineiro. O Galo jogou só uma vez no principal palco de Minas Gerais e, mesmo assim, bateu o Cruzeiro. A partida contra o Corinthians rendeu público de 42.936 pagantes.

A Arena da Baixada é outro estádio da Copa do Mundo em baixa. Entre as Arenas do Mundial 2014 utilizadas no Brasileirão, a casa do Atlético Paranaense é aquela que ostenta a pior média de público. Em dez jogos, a média está em 15.271 pagantes e taxa de ocupação de 37,9%. Apesar do Furacão brigar por uma vaga no G6, seu maior público não saiu de 19.923 fãs ante o Flamengo.

Todos esses estádios perdem para o antigo e charmoso Pacaembu. A casa paulista, em sete jogos, obteve média de 22.833 pagantes. A Arena do Grêmio está uma posição acima, no 5º lugar (22.957). Mas é a Arena Corinthians que dá show. Na liderança, o palco alvinegro tem média de 38.698 loucos do bando.