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Auto Esporte caminha para o seu terceiro rebaixamento

publicado: 15/03/2018 20h05, última modificação: 15/03/2018 20h51
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O clube adotou o Carneirão , em Cruz do Espírito Santo, para fazer os seus jogos e não teve sucesso nem de público nem de nível técnico - Foto: Amauri Aquino

tags: auto esporte , rebaixamento


Ivo Marques

A cada rodada do Campeonato Paraibano, o Auto Esporte bate mais um recorde negativo em sua história. O Clube do Povo não conseguiu sequer uma vitória em 13 jogos já disputados na competição estadual. Com a derrota para a Desportiva, na quarta-feira (14), por 1 a 0, o Clube do Povo ocupa agora a lanterna do quadrangular da morte e caminha a passadas largas para mais um rebaixamento. São nove derrotas e quatro empates na competição.

Com uma história de glória no passado, o Auto Esporte após conquistar o título paraibano de 1992 começou a cair, deixando de ser um dos grandes do futebol da Paraíba e passando a lutar contra o rebaixamento com os clubes de médio e pequeno porte. Em 2004, o clube caiu para a segunda divisão pela primeira vez. Três anos após, o fato se repetiu e de lá para cá o clube tem sido um mero participante da primeira divisão, sempre correndo risco de uma nova queda. Sem dinheiro e com péssimas gestões administrativas, o Clube do Povo caminha de novo para a segunda divisão. A campanha no atual Campeonato Paraibano chegou a surpreender até os torcedores automobilistas mais pessimistas. O clube não conseguiu vencer nenhum jogo, nem dentro, nem fora de casa.

Para muitos torcedores do clube, um dos motivos para a desastrosa campanha do Auto Esporte no atual campeonato foi a decisão da diretoria de jogar no Estádio Carneirão, em Cruz do Espírito Santo, longe da torcida e em um campo pequeno com gramado muito ruim. Lá, o Alvirrubro perdeu muitos pontos. A diretoria justificou a decisão, afirmando que houve grandes benefícios financeiros para a agremiação, que sofre com poucos recursos para formar uma boa equipe e pagar em dia.

Para o técnico Severino Maia, o principal motivo do fracasso do Auto Esporte está na qualidade de seus jogadores, sobretudo os atacantes. “Nós criamos várias chances em diversos jogos, e nossos atacantes desperdiçaram. Por mais que treinemos finalização, quando as oportunidades de gol aparecem, nossos jogadores não têm a competência de botar a bola para dentro”, disse o treinador.

Indagado sobre as chances do Auto Esporte ainda escapar do rebaixamento nos próximos 3 jogos que restam, Maia se mostra ainda confiante. “Basta que façamos o que não fizemos até agora, vencer os nossos próximos jogos. É difícil, para alguns impossível, mas eu sou um homem de muita fé em Deus, portanto cheio de esperança. Vamos começar a nossa virada no próximo domingo (18) diante da Desportiva, na nossa casa, conseguir chegar a 10 pontos e ver o que vai acontecer”, acrescentou.

Sobre a derrota de quarta-feira para a mesma Desportiva, em Guarabira, Maia disse que, além das falhas dos atacantes que cansaram de perder gols, a arbitragem foi decisiva, prejudicando o Auto Esporte. “Nós gravamos para mostrar que a arbitragem deixou de dar dois pênaltis a nosso favor. No primeiro, o jogador Meia Noite da Desportiva cortou a bola com a mão, como se fosse vôlei. E no segundo o jogador do Auto Esporte driblou o goleiro e foi derrubado por ele dentro da área. O árbitro influiu diretamente no resultado da partida”, concluiu Severino Maia, abatido com a situação do clube no quadrangular da morte.