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Para os representantes paraibanos, uma competição de pontos corridos seria longa e traria prejuízos aos clubes

Botafogo e Campinense são contra mudanças na Série C

publicado: 06/01/2022 09h02, última modificação: 06/01/2022 09h02
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O presidente do Botafogo, Alexandre Cavalcante, não acredita que a Série C será disputada em pontos corridos, como são hoje as séries A e B

por Ivo Marques*

Os clubes da Série C do Campeonato Brasileiro se reunirão hoje, às 11 horas, de forma on-line, para discutir com a CBF todos os detalhes do campeonato deste ano. Tudo indica que em relação à forma de disputa não haverá alteração, porém, existe uma proposta, que será votada, sobre a possibilidade da competição ser disputada da mesma forma que é atualmente nas Séries A e B, ou seja, por pontos corridos, com os 20 clubes se enfrentando entre si, em sistema de ida e volta, com os quatro primeiros conseguindo o acesso à Série B e os quatro últimos sendo rebaixados para a Série D. Os clubes paraibanos só concordam com esta mudança, caso a CBF aumente as cotas de participação.

Segundo o presidente do Campinense, Danilo Maia, este é um assunto que vem preocupando os clubes nordestinos e vem sendo muito discutido nos últimos dias. “Nós estamos sempre nos reunindo com os demais clubes do Nordeste para discutir essa possível mudança. Nós estamos fechados e se a CBF escolher a mesma configuração das Séries A e B, nós vamos solicitar o aumento das cotas de participação porque, do contrário, fica inviável porque o Brasil, geograficamente, não ajuda. Caso não haja uma alteração das cotas, os clubes nordestinos vão votar pela continuação da forma de disputa atual”, disse o dirigente da Raposa.

A grande preocupação dos clubes nordestinos, incluindo os representantes da Paraíba, Campinense e Botafogo, é porque a mudança tornaria o campeonato muito longo, com 38 rodadas, e os custos com deslocamento e hospedagens aumentariam bastante.

O presidente do Belo, Alexandre Cavalcanti, é totalmente contra porque não acredita que a CBF vá ajudar os clubes. “O Botafogo é contra essa modificação, com 38 rodadas, porque quem vai pagar esta conta? Nós sabemos que a CBF não faz nenhum repasse. Seria um ônus muito grande para os clubes, sem ter o retorno da CBF. A não ser que a CBF resolva fazer algo semelhante ao que faz com a Série B, que tem uma cota de R$ 8 milhões. Se conseguisse pelo menos R$ 4 milhões, já era possível fazer, mas eu não acredito que isso vai acontecer, por isso, o Botafogo é contra”, afirmou o presidente do Belo.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 06 de janeiro de 2022