Botafogo e Mixto fazem, hoje, a final do Campeonato Paraibano Feminino 2025. O duelo acontece na Vila Olímpica Parahyba, às 15h25, com transmissão da TV Cabo Branco. As equipes reencontram-se após terem realizado a decisão de 2024, quando as Onças venceram por 5 a 2. Quem ganhar o torneio terá vaga assegurada no Campeonato Brasileiro Feminino A3 de 2026 e na Copa do Brasil Feminina 2026.
Na sua campanha até a final, o Mixto venceu os quatro jogos da primeira fase: 5 a 1 no Serrano; 16 a 0 no Guará; 8 a 0 no Marretinha; e 2 a 0 no Fluminense. Ao todo, foram 31 gols marcados e apenas um sofrido. Na semifinal, o time venceu o Spartax com placar agregado de 6 a 1. No geral, o desempenho só é inferior ao do Botafogo.
- Com campanha semelhante à do Botafogo, as jogadoras do Mixto buscam o tricampeonato | Foto: Reprodução/Instagram @mixtoesporteclubeoficia
Marconi Silva, presidente do Mixto, falou sobre a campanha de sua equipe e sobre a expectativa para a final. “Tivemos um desempenho muito bom. Não foi a melhor campanha, mas muito boa dentro do nosso propósito”, destacou. Agora, na decisão, ele descarta qualquer vantagem para alguma das agremiações. “São duas grandes equipes, merecedoras de chegar a uma final. Com certeza, será um grande jogo”, disse. “Acredito que não tenha favorito”, ressaltou o dirigente, que tenta conquistar o tricampeonato consecutivo.
As Belas chegaram à decisão com um desempenho extraordinário. Na primeira fase, foram quatro triunfos, 12 pontos somados e 49 gols marcados. Na última rodada de duelos dentro dos grupos, a equipe da Maravilha do Contorno esteve envolvida na maior goleada da competição: 23 a 0 contra a Picuiense. Na semifinal, passou com facilidade pelo Marretinha, com placar agregado de 10 a 1.
Torneio organizado
Em conversa com o jornal A União, Marconi fez um balanço da atual edição do torneio feminino. Exemplo de gestão na Paraíba, ele lamenta a forma como alguns dirigentes tratam a modalidade. “Eu não busco questionar a competição, eu busco questionar algumas pessoas”, comentou.
“Alguns dirigentes deveriam levar o futebol feminino mais a sério, com mais responsabilidade. Em termos da organização, não temos por que reclamar. Mas tem dirigente que precisa se qualificar mais para lidar com futebol feminino. Ainda continua um amadorismo muito grande dentro dos clubes”, falou.
Números do torneio
A fase classificatória contou com 10 equipes, divididas em duas chaves. No Grupo A, estavam Mixto (1º), Marretinha (2º), Fluminense, Guará e Serrano; Botafogo (1º), Spartax (2º), Kashima, Liga de Guarabira e Picuiense eram do B. Ao todo, ocorreram 20 jogos, sendo um WO, e foram marcados 146 gols, média de 7,3. Com 40 tentos sofridos, a Picuiense teve a pior defesa.
Na semifinal, estiveram frente a frente o 1º do A (Mixto) contra o 2º do B (Spartax), bem como o 1º do B (Botafogo) contra o 2º do A (Marretinha). O mata-mata, realizado em partidas de ida e volta, teve 18 gols marcados, média de 4,5. Ao todo, o Paraibano Feminino já teve 24 jogos, 164 tentos e média de 6,83. A grande final é a 25ª partida do certame, que ocorre ininterruptamente desde 2015.
Campeões
A primeira edição do Campeonato Paraibano Feminino aconteceu no ano de 2008. Naquela oportunidade, a Portuguesa sagrou-se campeã depois de derrotar o Treze na final. Em 2009 e 2010, o torneio não ocorreu. No seu retorno, na temporada de 2011, o Botafogo, maior campeão, com seis títulos, conquistou seu primeiro troféu. No ano seguinte, o Kashima ganhou seu único campeonato. Mais uma vez, a competição seria descontinuada por mais dois anos (2013 e 2014). Após o retorno, em 2015, acontece ininterruptamente.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 20 de novembro de 2025.