Ivo Marques
Se história ganhasse jogo, o Brasil já estaria nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Isso porque o México, adversário deste domingo (1) em Samara, nunca venceu o Brasil em uma Copa, e sequer fez um único gol na Seleção Brasileira. Até hoje, as duas equipes se enfrentaram 4 vezes em mundiais, com 3 vitórias brasileiras e 1 empate. O último jogo foi justamente na primeira fase do último Mundial, em Fortaleza. A partida, que terminou em 0 a 0, teve Ochoa, o goleiro mexicano, como grande destaque. Os outros jogos aconteceram nas Copas de 1950, 1954 e 1962, sempre com vitórias brasileiras: 4 a 0, 5 a 0 e 2 a 0, respectivamente.
Em toda a história dos confrontos entre brasileiros e mexicanos, incluindo outras competições e amistosos, já aconteceram 40 jogos, com 23 vitórias do Brasil, 7 empates e 10 vitórias do México. A Seleção Brasileira marcou 73 gols e sofreu apenas 36.
Mas nos últimos confrontos, o México tem equilibrado mais, com vitórias importantes, como na decisão das Olimpíadas de Londres, quando conquistou o título justamente em cima do Brasil. Se levarmos em conta apenas este século, as duas seleções se enfrentaram 14 vezes, com 6 vitórias mexicanas e 5 brasileiras, além de 3 empates.
Domingo (1) será a primeira vez que Brasil e México se enfrentam em uma partida eliminatória de Copa do Mundo. Em outras competições houve inclusive decisões, e neste item, o México é soberano. Em quatro finais, 1 em Olimpíada e 3 em competições com o time principal, os mexicanos ganharam todas. Mas vale ressaltar que em duas delas, o Brasil escalou uma equipe sub 23, nas Copas Ouro da Concacaf.
Copa da Rússia
Deixando a história de lado, a performance das duas seleções na atual Copa do Mundo dá um ligeiro favoritismo ao Brasil. Na fase de classificação, o Brasil terminou em primeiro no seu grupo, com 7 pontos, 2 vitórias e 1 empate, fazendo 5 gols e tomando apenas 1. Já o México ficou em segundo colocado no seu grupo, com 6 pontos, 2 vitórias e 1 derrota, fez 3 e tomou 4 gols.
O Brasil estreou com um empate em 1 a 1 com a Suiça, depois venceu a Costa Rica por 2 a 0 e por último venceu a Sérvia, também por 2 a 0. Já o México estreou com uma vitória sobre a Alemanha, por 1 a 0, em seguida venceu a Coréia do Sul por 2 a 1 e no último jogo perdeu de goleada para a Suécia, 3 a 0.
Os dados estatísticos mostram que a Seleção Brasileira está longe do que ainda pode render nesta Copa, mas sinalizam também que a equipe vem subindo de produção a cada jogo, com o número de acertos superando os de erros. A tendência é que a equipe jogue ainda melhor neste domingo (1), e que alguns atletas, que começaram muito mal a competição, possam render um pouco mais, como o atacante Gabriel Jesus, William e o próprio Neymar. Este último já apresentou uma grande melhora no jogo contra a Sérvia.
O técnico Tite vem se mostrando muito conservador, e apesar do baixo rendimento de alguns atletas, não deverá mudar o time titular para esta partida de domingo (1) contra o México. Há uma pequena possibilidade de Marcelo retornar à lateral esquerda. O atleta mostrou uma ótima recuperação do problema que o tirou do jogo contra a Sérvia, e poderá começar jogando, mesmo após a grande atuação de Filipe Luís.
No México a derrota de goleada por 3 a 0 para a Suécia, acendeu o sinal de alerta sobre a irregularidade da equipe, um problema que vem se repetindo há algum tempo. O time é capaz de realizar grandes jogos, como na vitória sobre a poderosa Alemanha, como pode ser facilmente goleada, como foi pela Suécia. O maior exemplo foi outra goleada histórica, para a Chile por 7 a 0, na Copa América de 2016.
Apesar do favoritismo do Brasil, tanto o treinador Juan Carlos Osório como os atletas confiam numa grande exibição e acham que podem surpreender o Brasil, assim como fizeram contra a Alemanha. Sem nenhum problema físico ou disciplinar, o treinador vai mandar a campo a força máxima para a partida de deste domingo (1).