Adrizzia Silva - Especial para A União
Após 19 dias de disputas emocionantes, surpresas e decepções, a Olimpíada Rio 2016 chega ao fim. Hoje acontece a cerimônia de encerramento, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, a partir das 20h e deverá seguir até as 22h30, segundo o Comitê Organizador do evento. Os Jogos iniciaram no último dia três, mas a abertura oficial aconteceu no dia cinco, cuja celebração foi elogiada pela crítica especializada e pelos principais veículos de imprensa do mundo. A expectativa agora é que o Brasil retome as críticas positivas, com o evento que encerra a maior competição esportiva do planeta.
Assim como na abertura, a festa deverá abordar o tema da história do povo brasileiro, com destaque para como a população foi formada a partir da migração e da mistura de vários povos. Atletas medalhistas também estarão presentes, espera-se uma passagem do nadador Michael Phelps e Usain Bolt que fizeram suas últimas participações nos jogos e que são os maiores nomes do esporte, desde o início das competições em 1896.
Essa foi a 36ª edição das Olimpíadas e contou com a participação de 10.500 atletas de 206 países. Os olhos e a torcida de milhares de pessoas estiveram voltados para as competições que envolveram 306 provas diferentes, sendo 136 modalidades femininas e 161 masculinas, além de outras nove disputadas de forma mista. O Brasil teve o recorde de sua delegação na história dos Jogos Olímpicos, com 465 representantes nacionais, sendo 256 homens e 209 mulheres.
O País foi o palco de grandes conquistas no cenário Olímpico. Na natação, o mito americano Michael Phelps deixa o Rio de Janeiro com cinco medalhas de ouro das seis que disputou. Aos 31 anos, o mais vitorioso atleta da história se tornou o primeiro tetracampeão Olímpico em três provas: 200m medley, Revezamentos 4x100m medley e 4x200m livre. Mas o tricampeonato dos 200m borboleta, uma das provas preferidas dele, teve um sabor especial. Pela primeira vez, um nadador recuperou um título perdido. Campeão da prova em 2004 e 2008, ele ficou com a prata em 2012, e retomou a hegemonia no Rio 2016. Maior medalhista de todos os tempos, Phelps chegou à incrível marca de 23 medalhas de ouro, além de três pratas e dois bronzes.
No atletismo, o jamaicano Usain Bolt veio ao Brasil para fazer história. Depois de chegar ao bicampeonato olímpico nos 100m, 200m e no revezamento 4x100m, Bolt concluiu que tinha se tornado uma lenda do atletismo.
Quatro anos depois, ele chegou ao Rio de Janeiro para, como definiu, tornar-se imortal. O primeiro passo para se firmar, definitivamente, como o maior de todos os tempos, foi dado na noite do último dia 14, quando acelerou na reta final para cruzar a linha de chegada da prova mais nobre do atletismo, os 100m rasos, quando cravou 9s81.
Sete das 19 medalhas de ouro da Jamaica em Jogos Olímpicos pertencem ao tricampeão olímpico dos 100m. Ou seja, Bolt colabora com 37% do desempenho histórico de seu País natal. Ele aparece agora como o terceiro maior vencedor da história do atletismo, com sete medalhas de ouro, sendo cinco em provas individuais. Foi o primeiro atleta, entre homens e mulheres, a chegar ao tricampeonato olímpico – e de forma consecutiva. Só existe um lugar para Bolt no pódio: o primeiro. Em três Olimpíadas, nunca ganhou uma medalha de outra cor se não a dourada.