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Conselho da Fifa se reúne para votar aumento de vagas na Copa

publicado: 04/01/2017 00h05, última modificação: 03/01/2017 19h58
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O presidente da Fifa, Gianni Infantino, defende o aumento no número de participantes, o que deve beneficiar os sul-americanos - Foto: Reprodução/Youtube

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A partir de 2026, a Copa do Mundo vai inchar. Na semana que vem, o Conselho Fifa se reúne em Zurique para decidir qual será o tamanho do inchaço: das atuais 32 seleções, o torneio poderá ter 40 ou 48 participantes. O formato atual será mantido para os Mundiais de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.

Uma alteração no número de participantes obviamente significará uma mudança de formato. Há quatro propostas na mesa (duas com 40 times, duas com 48 times), que também serão votadas na semana que vem. A ideia com mais força, defendida pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, é a de 48 seleções.

Neste cenário, a América do Sul passaria a ter direito a seis vagas diretas e a chance de mais uma via repescagem – “e numa repescagem fácil”, nas palavras de um executivo da Fifa envolvido na confecção do novo formado da Copa. Provavelmente contra um rival da África ou da América Central. Ou seja: é possível que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), que tem dez filiados, tenha até sete representantes nos Mundiais a partir de 2022.

As propostas de mudança no formato da Copa do Mundo foram enviadas pela Fifa para as 208 associações nacionais em dezembro. A Conmebol tem cinco representantes entre os 34 membros do Conselho Fifa, e os cinco sul-americanos votarão em bloco. A decisão sobre como o continente vai votar será tomada nos próximos dias, baseada em um parecer técnico elaborado pelo departamento de competições da confederação.

Aumentar o número de participantes da Copa do Mundo foi uma das principais plataformas de campanha de Gianni Infantino. O ex-secretário-geral da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa) foi eleito em fevereiro de 2016 para chefiar a entidade que manda no futebol mundial. Em entrevista ao GloboEsporte.com, publicada em 28 de janeiro de 2016, Infantino dizia:

“Para 2026 eu acho que seria positivo aumentar o número de times. Digo isso porque o futebol só melhora em todo o mundo. E não é populismo. O papel da Fifa é desenvolver o futebol no mundo, fazer as pessoas participarem”.

Ao que tudo indica, Infantino não vai ficar na promessa de campanha. O presidente da Fifa repisa sempre que pode a ideia de ampliar a Copa do Mundo. O plano enfrenta forte resistência por parte dos clubes, sobretudo dos europeus. No mês passado, a Associação dos Clubes Europeus classificou a ideia de Infantino como “inaceitável” e pediu para a Fifa manter em 32 o número de seleções na Copa do Mundo.